Encerra-se a segunda etapa de Audiências Públicas do PDDU

Agência Aracaju de Notícias
25/07/2015 16h53

Mais uma etapa do processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Aracaju foi concluída. O bairro que encerrou mais um ciclo de Audiências Públicas foi o Santa Maria. Na ocasião, moradores da referida localidade do bairro 17 de Março, lideranças comunitárias e representantes de entidades compareceram na manhã deste sábado, 25, à Escola Municipal Papa João Paulo II para entender o Plano Diretor e dar sugestões para melhorar as condições do bairro.

A Revisão do PDDU tem por objetivo definir novas diretrizes que contribuirão para a ocupação e o desenvolvimento do seu território, a partir do entendimento dos aspectos físicos, políticos, sociais, econômicos, administrativos, financeiros, turísticos e ambientais. Através da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), o poder público está percorrendo vários bairros da capital para  apresentar um diagnostico preliminar do Plano Diretor, mostrar a importância e saber junto com a população, quais são as necessidades da cidade e de quem nela habita.

Na percepção de Ranulfo Alves, que atua no Conselho de Segurança Pública da localidade, o bairro Santa Maria precisa de muros de contenção nas áreas com risco de desabamento, invasão da águas ou por efeitos erosivos. “Ali no loteamento Paraíso Sul, precisa-se urgente que façam uma abra de contenção. As águas estão descendo do morro e invadindo as Avenidas 37 e 38. Nós estamos correndo o risco de comprometer a estrutura de nossas casas e ainda estamos perdendo nossos móveis e eletrodomésticos”, explica.

O cidadão ainda sugere seja criado um mercado público. Na opinião dele, o espaço poderia ser construído em um terreno que hoje serve para acúmulo de lixo e entulhos. “Precisamos acabar com feiras clandestinas que acontecem por aqui e que fecham vias importantes para montar o comércio deles. Com o mercado, sanaríamos um problema e daríamos uma utilização a um espaço que hoje só serve pra juntar o que não presta”, ressalta.  

Representantes do Fórum em Defesa da Grande Aracaju também prestigiaram a audiência. Um de seus representantes, o senhor José Firmo, sugeriu que o poder público inclua medidas socioambientais no Plano Diretor. Na avaliação do cidadão, é válido que pense na criação de um plano de arborização, reaproveitamento das águas pluviais e concessão de descontos no IPTU para quem preservasse áreas verdes. “Precisamos rever o modo como utilizamos nossos recursos. Nossa cidade está ficando tomada pelo asfalto e cimento, Precisamos ter espaços verdes para a água penetrar no solo e evitar alagamentos”, opina.

Na ocasião, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Igor Albuquerque, recebeu em mãos cópia da Lei 5296 que dispõe sobre as políticas de acessibilidade para a pessoa com deficiência. Quem entregou a lei e pediu atenção especial a pessoa com deficiência foi o senhor Josivaldo Silva de Jesus. Ele mora no bairro 17 de Março e acredita que as calçadas é que mais estão comprometendo a mobilidade da pessoa com deficiência. “Todos devem ser contemplados nesta revisão de Plano Diretor. Infelizmente ainda não possuímos calçadas padronizadas, que atendam a todos. Ainda nos deparamos com desníveis, buracos e ausência de rampas”, relata.

O agente administrativo, José Cícero de Souza, reside na localidade há 20 anos e acredita que uma medida que poderia colaborar com a mobilidade do bairro, seja a readequação das Avenidas Alexandre Alcino e Auxiliar II. “Hoje o acesso ao bairro se dá principalmente por essas avenidas. Ambas são vias de mão dupla, tanto tem carro indo como tem carro vindo. Creio que o melhor seria que a entrada seja pela Avenida Auxiliar II e a saída pela Alexandre Alcino. Isso reduziria a quantidade de acidentes. Além disso, as avenidas não tem acostamento, não possuem calçadas, nem ciclovia. Do modo que está, apenas o condutor tem vez”, avalia. 

Segundo o secretário Igor Albuquerque, a prefeitura ainda promoverá mais Audiências Públicas e tem pretensão de que mais bairros da capital sejam atendidos pelas audiências. “Estaremos sempre conduzindo o processo da forma mais democrática possível. Após este ciclo, ainda faremos a apresentação do diagnóstico feito pela prefeitura e teremos mais nove audiências em outros locais. Isso para que a população sempre tenha uma Audiência Pública ocorrendo perto de suas casas, facilitando o acesso e a participação popular”, endossa