Alunos da Valdice Teles participam de Ciranda de Conversa

Cultura
25/08/2015 12h23

"Bom barqueiro, bom barqueiro, dê licença de passar. Carregada de filhinhos para acabar de criar. Passarás, Passarás...." Foi cantando essa música, que os alunos dos cursos de inicialização infantil e flauta doce da Escola de Arte Valdice Teles, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), deram início a uma aula diferente na tarde de ontem, 24.

Promovida pela Biblioteca Mário Cabral a atividade, que faz parte da programação especial do mês do folclore, teve como intuito resgatar as brincadeiras folclóricas praticadas pelas crianças de antigamente, mostrando aos pequenos a importância da cultura popular e sua presença em nosso cotidiano.

Verônica Cardoso, diretora da biblioteca, explica que essa é a primeira vez que a unidade realiza uma atividade fora do Centro Cultural e que a receptividade dos alunos fez com que a tarde fosse extremamente proveitosa. "Nós abordamos de forma lúdica a importância do folclore. Através da visão de Mário Cabral e Silvio Romero os pequenos puderam aprender sobre as brincadeiras de roda e como as crianças brincavam antigamente", falou.

Atirei o pau no gato, Ciranda cirandinha, Marcha soldado e o Cravo é a rosa foram algumas das cantigas que em forma de brincadeira garantiram a diversão da criançada. A professora Gal Miranda, disse que a atividade não foge da proposta pedagógica da escola e que colabora diretamente com o desenvolvimento dos pequenos.

"A música não ensina apenas os ritmos e as notas, mas acima de tudo o trabalho em equipe, concentração e a disciplina. As brincadeiras fazem com que elas se divirtam e aprendam esses valores que são importantes para a formação deles", completou.

Brincadeiras de Roda

As brincadeiras de roda sempre fizeram parte do cotidiano das crianças, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias.

Segundo Verônica, o patrono Mário Cabral relata em seu livro que havia uma divisão entre meninos e meninas, mas que no final todos brincavam juntos. "O autor fala que as meninas preferiam brincar nas calçadas e os meninos jogavam bola e soltavam pipa em terrenos baldios. Nosso objetivo é mostrar que as brincadeiras, que o folclore está vivo em nosso cotidiano". A Ciranda de Roda será realizada novamente hoje, 25, para outras turmas.