Presidente da Funcaju realiza oficina de contação de história

A Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), por meio da Biblioteca Municipal Clodomir Silva, realizou na tarde desta quinta-feira, 11, a aula inaugural da oficina ‘A arte de contar histórias’, que tem como palestrante a presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, uma das maiores pesquisadoras da cultura popular do estado de Sergipe.

A oficina visa mostrar as várias possibilidades da contação e a riqueza da oralidade. “É um compromisso muito pessoal meu, que é evidenciar a riqueza que temos na oralidade e no folclore. Muitos contadores só contam histórias que estão nos livros e esquecem os acervos da oralidade”, afirma.

De acordo com a presidente, o objetivo é oferecer as pessoas que contam histórias uma maior técnica, com dicas de como convencer a plateia e como utilizar a expressão, a força e vitalidade das palavras. “A contação de histórias é uma técnica usada desde os povos mais antigos, houve um período em que caiu em desuso por conta da expansão dos meios eletrônicos e nos últimos dez anos retomou a importância”, explica.

A professora da rede municipal, Hidébora de Carvalho, falou da importância da oficina para aperfeiçoar ainda mais a prática e levar esse aprendizado para a sala de aula. “Contação de história é uma área importante demais, principalmente para a educação infantil, onde atuo. Por isso precisamos sempre buscar inovações e para nós a professora Aglaé é uma referência, onde ela está tem coisa boa”, diz.

Osaneide Santos, estudante de biblioteconomia, conta que já trabalha na área e está sempre em busca de aprender mais. Ela fala que esse tipo de iniciativa estimula e desafia ao contador sair da mesmice, além de alimentar a imaginação e criatividade. “Toda pessoa que ensina a contar história tem algo a acrescentar, seja um método novo, novas técnicas, seja maneiras de abordar. É sempre bom aprender com quem tem bagagem e quando se fala em contação, folclore e cultura da nossa terra pensamos logo em Aglaé”, fala.

Durante o evento a presidente destacou a história do conto ao longo dos anos, a tradição e os resgates dos contos populares, a palavra como um poder transformador, a importância de trabalhar com o corpo, o ritmo e a interpretação, entre outros. A segunda parte da oficina será realizada amanhã, 4, na própria unidade.