Projeto Mulher Cidadã atende às mulheres vítimas de violência

Formação para o Trabalho
18/09/2015 17h12

O acolhimento direcionado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar pode ser executado em diversas frentes. Na manhã desta sexta-feira, 18, o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/SE) e a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) contribuíram, em suas respectivas vertentes de atuação, em prol de um mesmo objetivo: o projeto "Mulher Cidadã".

Ele é um dos eixos do Programa de Inserção Social e Profissional, lançado no final de julho por meio de um Termo de Cooperação entre a Prefeitura de Aracaju e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE). Hoje, na antessala do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, no Fórum Gumersindo Bessa, o projeto esteve em prática.

Enquanto a Coordenadoria da Mulher do TJSE atendia às mulheres nas audiências, do lado de fora o Senac realizava um mutirão de maquiagens e penteados. Por fim, a equipe da Fundat esteve presente para informar o cronograma de cursos disponíveis, com o objetivo de facilitar o acesso deste público à qualificação profissional. Além disso, também foram dadas orientações sobre a entrega e elaboração de currículos.

Cidadania e autoestima

Uma das mulheres recebidas pela Fundat foi F.B.F, moradora do Conjunto Bugio. "A moça falou para eu levar o currículo no [bairro] Santos Dumont", afirma, em referência ao Centro de Apoio ao Trabalhador e Empreendedor (Cate), localizado na Rua Serafim Bonfim, n°268. "Deixarei lá na próxima semana", assegura F.B.F, que, no momento, está desempregada.

Moradora do Bairro Industrial, D.D.C, de 35 anos, participou do mutirão promovido pelo Senac. "Acaba distraindo a mente", explica, satisfeita com o tratamento de beleza oferecido pela instituição. Ao tomar conhecimento da divulgação de cursos Fundat, ela mostrou que está disposta a procurar as ofertas de qualificação. "Serve como uma autoestima, uma esperança de melhorar a vida financeira", explica D.D.C.

Também do Bairro Industrial, A.O.M compareceu ao Fórum Gumersindo Bessa no intuito de ser atendida pela Coordenadoria da Mulher. Foi então que teve uma grata surpresa. "Gostei muito. Por mim, pode permanecer sempre", diz A.O.M, que não sabia do serviço de intermediação de mão de obra desenvolvido pela Fundat. "A gente já tem agora essa brecha do currículo. Para quem não trabalha, já é uma luz", garante.