Funcaju comemora Dia da Consciência Negra com diversas apresentações

Cultura
23/11/2015 14h29

O Dia Nacional da Consciência Negra, na última sexta-feira, 20, foi marcado por apresentações artísticas na Praça General Valadão, local onde está sediado o Centro Cultural de Aracaju, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). Também foi aberta a exposição “A África está em nós”. As apresentações chamaram a atenção do público presente e dos transeuntes pela riqueza nos detalhes da dança e no figurino do grupo Um quê de Negritude; da roda de capoeira e maculelê e do samba de raiz do grupo ÉDiferente, que levou o público e artistas a dançar em plena praça.

A exposição estará à disposição do público para visitação até o mês de dezembro. O nome da mostra é uma homenagem ao pesquisador e autor do livro que tem o mesmo título, professor Roberto Emerson Câmara Benjamim, falecido em 2013. A homenagem está diante da sua presença marcante, no encontro Cultural de Laranjeiras durante 30 anos, exímio palestrante enfocando sempre o folclore sergipano.

“Como é que a gente pode ter a coragem de dizer que a África não está em nós?”, interroga a presidente da Funcaju, professora Aglaé D’Avila Fontes, lembrando que a cultura popular sergipana possui forte presença africana  nas danças e folguedos, práticas religiosas, na música, sem descartar a culinária, a exemplo do caruru, vatapá, acarajé, entre outras. Estão expostos instrumentos e peças que são utilizadas na atualidade e que há muitos anos já eram utilizados pelos escravos. A exposição tem o texto e pesquisa da professora Aglaé Fontes e programação visual de Gustavo Vargas Aguiar.

Apresentações

O Dia Nacional da Consciência Negra despertou a curiosidade dos sergipanos, tanto para convidados quanto para aqueles que passavam na Praça General Valadão. Alunos da Escola de Arte Valdice Teles, unidade da Funcaju, apresentaram ao público roda de capoeira e maculelê. O gingado dos capoeiristas conquistou o público. O grupo, em torno de 25 pessoas, concentrou alunos a partir dos sete anos de idade.  “A capoeira é arte, é educação e resgata valores”, afirmou o mestre Zé Pequeno, que ministra as aulas na Escola.

Zé pequeno é capoeirista há 47 anos e tem repassado a sua experiência para os seus alunos que neste semestre, somam mais de 45. O mestre foi eleito delegado do Patrimônio Material do Ministério da Cultura e está viajando amanhã, 24, para o encontro Setorial de Cultura Popular, que acontecerá em Pernambuco.

Na sequência, foi a vez do grupo Um quê de Negritude, que tem a direção do professor da Escola de Artes Valdice Teles, Adriano Matos. A apresentação do grupo foi uma parceria com o a Escola Atheneu Sergipense.

A coreografia “Encontro das Águas” simbolizou o encontro da água doce do rio com a salgada do mar. Na realidade, a apresentação foi uma suíte do espetáculo.