O secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Matos, e o presidente da Central de Cooperativas de Sergipe - Recicle, Adriano Santos, debateram sobre a Coleta Seletiva de Aracaju, no I Fórum de Assuntos Sanitários e Ambientais de Sergipe, no auditório da Codise (DIA), nesta quarta-feira, 25. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Engenheiros Sanitários Seção Sergipe (Abes-SE), foi mediado pela diretora da associação, Kelma Vitorino, e tinha por objetivo fomentar a discussão com profissionais da área e a sociedade em geral sobre o tema proposto.
Ao abrir o evento na manhã desta quarta-feira, o presidente da Abes-SE, José Alves Nunes, ressaltou a importância da temática da Coleta Seletiva desse I Fórum de Assuntos Sanitários e Ambientais, visto que as cidades cada vez mais apresentam dificuldades para implantar, ordenar e gerenciar de modo sustentável os resíduos gerados.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Matos, reconheceu que a coleta seletiva ainda está aquém do que deveria ser. "É preciso melhorar a logística e dar suporte às cooperativas".
Política Reversa
Eduardo Matos destacou em sua palestra que um dos principais entraves para o desenvolvimento da coleta seletiva, hoje, no Brasil, está na falta de apoio a um dos conceitos introduzidos pela Lei 12.305/10, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A Lei exige que as empresas assumam o retorno de seus produtos descartados e cuidem da sua adequada destinação. Ou seja, quem vende vidro, deve recolher o seu produto após ser descartado, assim como pilhas, aparelhos eletroeletrônicos, etc.
O secretário alertou que não só as empresas, mas também a população em geral, precisam assumir responsabilidade pelo meio ambiente, no entanto, isso exige uma mudança de comportamento que não acontecerá rapidamente. "A secretaria do Meio Ambiente vem investindo na Educação Ambiental nas escolas e nos bairros. Pretendemos reforçar nos bairros, ampliando os pontos de coleta e educando a população para a separação dos resíduos, com o apoio de suas associações", revelou.
O presidente da Central de Cooperativas de Sergipe - Recicle, Adriano Santos, concordou com o secretário municipal do Meio Ambiente sobre a necessidade de se investir na educação ambiental. "Não adianta colocar dezenas de caminhões, se ao chegar num condomínio residencial somente uma pessoa faz separação do lixo. É por isso que a coleta seletiva, hoje, ainda custa caro", explica.
Após as discussões no I Fórum para Discussão de Assuntos Ambientais, foi redigida uma carta, com sugestões sobre o tema Coleta Seletiva de Aracaju, que deverá ser encaminhada aos governos e à sociedade civil em geral.
