O Perfume das Tempestades é tema de exposição na Galeria Álvaro Santos

Cultura
27/11/2015 15h09

Encontramos poesia na dança, na música e, sobretudo, nas artes que retratam o interior do artista. “O Perfume das Tempestades” simboliza a transformação, a transposição do eu para o mundo magnífico. O perfume, a essência que deslumbra a tempestade que se transforma em benevolência. A referência, retrata a exposição da artista plástica Cláudia Toscano, que recebeu na noite de ontem, 26, artistas, amigos e familiares na abertura da sua mostra na Galeria de Arte Álvaro Santos, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

O clima foi de alegria entre a artista e convidados, exatamente como a artista expressa em seus quadros. Muitas cores vibrantes e expressões que levam o observador para uma viagem transcendental. Os quadros retratam profundidade em cada detalhe cuidadosamente pintado. A mostra estará à disposição do público até o dia 12 de dezembro. “O perfume das tempestades é tudo o que conseguimos transmutar, transformar dores em autoconhecimento”, relata a artista Cláudia Toscano, que está retornando às artes depois de cinco anos.

Perguntada sobre onde buscou a inspiração para a confecção dos quadros, a artista respondeu: A mãe natureza. Na oportunidade, Cláudia destacou que é uma pessoa privilegiada porque reside próximo ao mar. “Durmo embalada com o barulho das ondas do mar, respiro a natureza. Essa mostra reflete momentos de aprendizado que acrescentaram a minha vida”, confirmou.

Elogios

Admiradores dos trabalhos de Cláudia Toscano compareceram à exposição para prestigiar a artista, a exemplo da comendadora, imortal da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio (RJ) e artista plástica, Edjane Leite. “É um gênero abstrato informal a mostra de Cláudia, que continua seguindo esta linha. Senti que ela coloca a sua emoção através das cores vibrantes e muita alegria”, avaliou.

Edjane Leite ainda foi mais longe ao afirmar que nos quadros, Cláudia expôs os perfumes na tempestade da vida, a natureza em si. “É um grito de socorro ao que está acontecendo em nossa vida. É o movimento da tempestade no mundo, vista por outro ângulo no sentido de que tudo pode melhorar, modificar-se”, comentou.

O empresário, cantor e compositor Mingo Santana, também prestigiou a amiga Cláudia. “Já acompanho os trabalhos de Cláudia há algum tempo. Nesta mostra, os quadros oferecem liberdade de expressão. Percebi que as cores e os traços têm uma ligação muito forte com ela”, exemplificou.

O cantor lembrou que a exuberância das cores, particularmente para ele, repassa uma profundidade sergipana, mas deixando o indivíduo à vontade. Considerado que alguns trabalhos estavam sem título, Mingo ariscou para intitulá-los, diante do seu olhar: “Em algum ângulo olhando para Sergipe”.