Assistência encerra ciclo de debates sobre Dia da Mulher Negra

Assistência Social e Cidadania
21/07/2017 17h26

A Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, por meio da Diretoria de Direitos Humanos, realizou na tarde desta sexta-feira, 21, na Associação de Moradores do Beira Rio, o último ciclo de debates sobre o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Afro-caribenha, comemorado no próximo dia 25 de julho. Iniciada no começo deste do mês, a Assistência executou uma programação especial com a participação dos usuários e profissionais dos quatro Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas).

“O objetivo das rodas de conversa foi evidenciar as questões que são próprias da mulher negra, que não sofrem apenas com o machismo e com o patriarcado, mas também com o racismo e outros tipos de preconceito, principalmente os de classe. A gente sabe que a maioria das mulheres pobres é negra e está nos serviços mais precarizados nas unidades de saúde e nos atendimentos relacionados à segurança. A recepção foi muito rica e as pessoas envolvidas acabaram compreendendo essa discussão sobre o racismo institucional”, destacou a gerente de Igualdade Racial, Laila Oliveira.

A secretária geral de Direitos Humanos da OAB e membro da Auto-Organização de Mulheres Negras Rejane Maria, Clarissa França, entende que  a iniciativa se transforma em uma oportunidade de levar à sociedade mais conhecimento e mais acesso de direitos. “Eu acho que é um ótimo caminho a ser construído, pois demonstra que a Prefeitura está preocupada em estar promovendo reflexões para além da academia ou das pessoas que estão acostumadas e sensibilizadas. Precisamos discutir essas especificidades combatidas pelo movimento negro”, afirma.

Para a adolescente atendida pelo Creas Maria Pureza, L.S., 17, informação é sempre a chave para o combate ao preconceito. “É uma boa discussão porque quando a gente fala sobre o assunto, é uma forma de a gente se informar e acabar com isso. Muitas pessoas são julgadas pela aparência da pele e não devemos julgar o livro pela capa. As pessoas precisam respeitar as outras pelo que elas são e não pelo tom da pele”.