Prefeitura orienta população sobre cuidados preventivos à esquistossomose

Saúde
29/05/2023 15h27

Com o aumento das chuvas, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), redobra a atenção no combate aos caramujos transmissores da esquistossomose. Por isso, é importante que a população esteja atenta à presença do molusco, que normalmente habita locais úmidos e alagados. Este ano, já foram confirmados 26 casos de esquistossomose na capital.

A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni. Inicialmente, a doença é assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de saúde crônicos, podendo haver internação ou levar à morte. No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”.

De acordo com a gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marina Sena, o trabalho de combate aos vetores e hospedeiros intermediários de doenças transmitidas por animais é realizado durante todo o ano. No caso da esquistossomose, a ações específicas nos bairro de maior incidência.

“Somente este ano, já foram realizados 1.133 exames para detecção da doença e a adesão da comunidade é fundamental para o êxito da ação, que proporciona um levantamento mais detalhado dos casos na região. O exame é sempre disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde. Nossos agentes de saúde mapeiam de forma precisa os casos no território e são realizadas busca ativa, com o fluxo de colher amostras, que são encaminhadas para análise no CCZ. Os casos positivos são direcionados para tratamento nas UBSs”, explica a gerente.

Doença
A pessoa é infectada quando entra em contato com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores da esquistossomose. A maioria dos ovos do parasita se prende nos tecidos do corpo humano e a reação do organismo a eles pode causar grandes danos à saúde. É uma doença que mata, debilita o ser humano, compromete o fígado e o baço. Mas pode ser prevenida.

“A equipe do CCZ trabalha rotineiramente no combate à doença em todas as regiões da cidade. Além de coletar amostras para realização de exames, os agentes fazem tratamentos químicos em lagoas, riachos, regiões de alagamento ou em torno de residências onde são encontrados caramujos e moluscos que, após análise laboratorial, tenham sido identificados como transmissores”, explica o agente de saúde José Chagas Sobrinho.

Cuidados e controle de Zoonoses
Além dos cuidados em quintais com solo excessivamente úmido e do correto procedimento para coleta e extermínio de caramujos, a população também deve prestar atenção a rios e lagos.

“Para evitar a presença dos caramujos é necessário cuidar bem do ambiente domiciliar, especialmente o quintal da residência. Limpá-lo bem e evitar o acúmulo de lixo e entulho”, orienta Marina.

Para comunicar o aparecimento de moluscos, basta entrar em contato com o CCZ, que funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, e está localizado no Centro Administrativo do bairro Capucho - vizinho ao Ibama -, na avenida Dr. Carlos Rodrigues da Cruz, 1081. Qualquer contato pode ser realizado através dos telefones: (79) 3179-3528 e 3179-3565.