No local onde está instalado o grande canteiro de obras da avenida Perimetral Oeste , bairro Lamarão, estão sendo realizados os serviços de infraestrutura preparatórios para a construção do conjunto residencial onde famílias serão reassentadas. Buscando garantir a segurança da comunidade no convívio com a obra, a Prefeitura de Aracaju, através da Equipe Social do Projeto, reuniu mães e filhos para reforçar a conscientização sobre a distância que deve ser mantida do canteiro, na tarde desta quinta-feira, 27.
A intervenção vem a reforçar ações já empreendidas no local, como a distribuição de panfletos com orientações de segurança, a divulgação de spot em bike som e plantões itinerantes, marcando a presença constante das equipes no território.
De acordo com a diretora de Habitação da Secretaria Municipal da Assistência Social, Rosária Rabelo, o objetivo da ação foi estabelecer um diálogo ainda mais direto com a comunidade. “Dessa forma, podemos trazê-los para a solução da questão. Temos verificado uma desobediência às orientações dadas de não entrar no canteiro de obras, que foi instalado no local onde elas costumavam brincar, mas precisamos que as famílias entendam que essa é uma situação temporária, porque, em breve, novos campinhos serão construídos no local, onde as crianças poderão brincar à vontade e em segurança”, explica.
Enquanto uma parte da Equipe Social dialogava com as mães, outra parte, juntamente com representantes do Conselho Tutelar e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, se dirigiu ao canteiro para uma abordagem direta a adolescentes que se encontravam no local.
“A nossa ideia aqui é trabalhar com a prevenção, não só da violência, mas também de acidentes envolvendo crianças e adolescentes. Talvez eles não tenham a dimensão dos riscos que existem em um canteiro de obras. Mas, além da presença de máquinas e equipamentos perigosos, tem eletricidade, desníveis no solo e até mesmo doenças possíveis, como a micose”, reforçou a presidente do CMDCA, Natália Dalto.
Algumas medidas serão estudadas para criar áreas de lazer para a comunidade, a fim de incentivar a obediência às recomendações de segurança. A assistente social Daniela Mariz, da empresa Diagonal Social, conduziu a participação da comunidade no levantamento de possibilidades. “Estamos aqui porque entendemos que faz sentido construir essa solução juntamente com os maiores interessados, que são os moradores. Viemos ouvir quais as atividades que eles desejam ver sendo ofertadas e já criamos um grupo para que avancemos nessa chuva de ideias. No próximo encontro, vamos, juntos, andar pela localidade, para identificar onde podemos criar espaços apropriados para brincadeiras e atividades físicas. Dessa escuta, já saíram sugestões como capoeira, grafite, zumba, ginástica, futmesa, dentre outras atividades que iremos estudar, buscando parcerias para viabilizar”, disse.
Aline Graziele dos Santos é moradora do bairro Lamarão e considerou importante a presença da equipe social no local. “Moro no fundo de onde estão fazendo as obras e é muito bom que tragam um projeto para que as crianças possam se entreter e tirar elas da obra. Então, espero que esse projeto venha para melhorar mesmo. Gostei muito do diálogo de hoje”, destacou Aline.
Para a moradora Raiane Nogueira, também é importante que a comunidade esteja sendo ouvida. “Eu achei importante. As mães ficam preocupadas com as crianças que, às vezes, não obedecem e vão para um ambiente que não é seguro. Então, foi muito bom vocês virem ouvir e escutar a gente. Seria ainda melhor se os adolescentes estivessem aqui para escutar e não fazer mais”, concluiu.
Fotos: Diagonal Social
