Em estreia, Curta Sexta exibe documentários e promove entrega da Medalha Forró Caju

Agência Aracaju de Notícias
28/07/2023 20h24

Esta sexta-feira, 28, foi marcada pela estreia de mais uma atividade cultural que visa fomentar as produções artísticas sergipanas. Realizado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o Curta Sexta promoveu a exibição de documentários e entrega da Medalha Forró Caju, uma homenagem aos artistas sergipanos que contribuíram para o ciclo junino. O evento cultural aconteceu no Cine Vitória, na Rua do Turista, região central, com a presença de homenageados, artistas e figuras representativas das artes no estado. 


Nesse espaço histórico para o cinema, as produções sergipanas foram comemoradas e reverenciadas. Marcando a edição inaugural, o evento exibiu três documentários sobre o Forró Caju e o Projeto Verão e um curta-metragem de poemas. 

Para o presidente da Funcaju, o momento é de êxtase e contemplação. “Esse evento reúne várias linguagens, traz curtas importantes para a cultura sergipana, um sobre o Projeto Verão, outro sobre o palco Gerson Filho, que se consolida cada vez mais como um espaço para a valorização sergipana. Por último, temos uma obra oriundo do poeta Carlos Cauê, um dos melhores poetas de Sergipe, e que resultou em um trabalho gravado em estúdio, com muita qualidade e sensibilidade. São três obras espetaculares que mostram a pujança do audiovisual sergipano", destaca Luciano.

Os três documentários foram produzidos pelo coordenador do Núcleo de Produção Digital da Funcaju, Anderson Passos. O primeiro deles foi o “Gerson Filho: o palco da música sergipana”, dividido em duas partes, que traz histórias de artistas locais que participam do ciclo junino na capital desde o início do Forró Caju e a representação destes no maior palco da música sergipana. O segundo foi o “Projeto Verão 2023”, com o depoimento de artistas e do público em geral que fez parte do retorno da festa, após o período pandêmico.

"Pensamos em construir, nessa narrativa do audiovisual, com as ferramentas que temos disponíveis no Núcleo, um registro desses eventos, sobretudo no período pós-pandemia e criar, até, condições de pensar a amplitude desse projeto. O audiovisual tem esse poder de amplificar e, ainda mais, de estreitar os laços com o poder público. Inclusive, o conteúdo serve até como uma prestação de contas a respeito desses eventos, além de mostrar a importância desses espaços para a manutenção da nossa cultura", salienta Anderson, ao frisar que todas as produções estarão disponíveis no AjuPlay, a plataforma digital da Prefeitura.

Após os documentários com produção do Núcleo, o evento exibiu o curta “Oito Mulheres e Um Poeta”, com textos poéticos do escritor e secretário municipal da Comunicação Social de Aracaju, Carlos Cauê. Como já diz o nome da obra, oito mulheres foram intérpretes da construção do projeto audiovisual: Laís Maciel (Ilusão), Maria Glória (A Palavra), Isabel Santos (Paciência), Tetê Nahas (Cabo da Roca), Carol Portugal (Matrioska), Rita Maia (A Encruza), Maruze Reis (Mar das Gentes) e Tânia Maria (Relaxe). 

"É muito gratificante ver esse curta sendo exibido no Cine Vitória, que é um cinema que tem tradição de boas exibições. É muito significativo se ver e ouvir através da voz dessas oito mulheres, que se juntaram ao projeto e levaram a sério a interpretação, a emoção e deram o recado ao público", enfatiza Cauê ao pontuar, ainda, a importância das exibições anteriores do evento.

"Esses documentários reforçam a expertise da Prefeitura em realizar grandes eventos. O Projeto Verão marcou época em nossa cidade, não só em relação ao público, mas também aos artistas que se sentiram impactados pelas pessoas, pela organização, pela diversidade, pela concepção do projeto que é moderno, atual. Já o documentário sobre o Forró Caju, é um tributo que a cidade precisa fazer a esse evento, que é um acontecimento em Aracaju. A última edição é prova disto porque foi um sucesso, com a diversidade do forró, com noites que chegaram a reunir 80, 85 mil pessoas. A Medalha vem para coroar isso, justamente homenagear e dar espaço a esses talentos", complementa o secretário da Comunicação e poeta.

Medalha Forró Caju 
Após a exibição das produções audiovisuais, o Curta Sexta realizou a entrega de medalhas e promoveu menção honrosa a três artistas sergipanos considerados marcos na cultura local, principalmente no ciclo junino: Zé Roseno, Zé Américo de Campo do Brito e Hilton Lopes.

"Essa é a grande novidade, uma homenagem que criamos neste ano para celebrar personagens que foram e têm sido relevantes para a história da música sergipana, do forró e do Forró Caju. É muito bom trazer tanta coisa boa e de qualidade para um evento só, ainda mais no Cine Vitória, que é um palco privilegiado que precisa ter mais cultura sergipana", ressalta o presidente da Funcaju.

Para João Paulo Fonseca, filho de Zé Américo de Campo do Brito, que representou o pai na homenagem carregado de emoção, o momento é de pura contemplação e alegria. "Estou muito feliz e orgulhoso. Meu pai sempre teve a cultura sergipana como algo muito importante na vida dele, principalmente Aracaju, já que ele mora na capital há muitos anos. Ele leva a sergipanidade com honra. Lembro de acompanhar meu pai desde de pequeno no Forró Caju. Neste ano, infelizmente, ele não pode participar por questões de saúde, então, essa medalha é ainda mais significativa", conta João Paulo, deixando explícita a satisfação pela homenagem.