Na manhã deste sábado, 29, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), realizou uma formação em primeiros socorros para motoristas e monitores do transporte escolar municipal. A iniciativa é decorrente da Lei Lucas (13722/18), sancionada em 2018, que institui a obrigatoriedade do preparo de toda a equipe de escolas públicas, privadas e espaços de recreação infantil para ocorrências de situações emergenciais.
A formação, realizada pelo Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação (Ceafe) e pelo Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), é uma ação contínua, outras edições já aconteceram e novas serão ofertadas. No entanto, elas são divididas e direcionadas a grupos específicos, para que o ensino e a prática dos primeiros socorros sejam absorvidos de forma integral pelos participantes. Neste momento das férias escolares, a formação será dividida em três grupos, com os motoristas e monitores de ônibus sendo os primeiros, com o objetivo de prepará-los para qualquer ocorrência no trajeto ou na porta da escola.
Na aula, que aconteceu no auditório Antônio Vieira Neto, no bairro Siqueira Campos, técnicas básicas de primeiros socorros foram ensinadas a partir da teoria e prática, que explicaram medidas para reanimação cardiopulmonar, como agir em casos de crises convulsivas, manobras de desengasgo, entre outras.
Na ocasião, o secretário municipal da Educação, Ricardo Abreu, destacou como os motoristas e monitores são essenciais na logística educacional e como o serviço carrega uma seriedade e importância, visto que eles são responsáveis por transportar as crianças.
O secretário reforçou que a Secretaria Municipal da Educação trabalha a partir do princípio de que a prioridade absoluta são as crianças e adolescentes. Neste sentido, de acordo com ele, todos aqueles envolvidos na operação são muito importantes. "Diariamente, nós trabalhamos com 33 mil alunos, o que significa uma influência na vida de cerca de 100 a 200 mil pessoas na nossa cidade, que são os pais, os familiares, os amigos, as pessoas próximas dessas crianças. Por isso, devemos pensar, também, na formação continuada dos motoristas e dos monitores que atendem a nossa secretaria. Eu enxergo a digital de todos os profissionais que atuam na nossa rede, inclusive dos nossos motoristas e nossos monitores escolares", destacou.
"Hoje é um dia de muita alegria por estarmos aperfeiçoando e capacitando essas pessoas. Mas, também estamos reconhecendo a importância do trabalho delas para a educação do município de Aracaju”, afirmou o secretário.
Responsável pelo aperfeiçoamento e formação de todo o núcleo educacional municipal, o diretor do Ceafe, Williams Santos, explica que o conteúdo oferecido é o mesmo nas formações de todos os segmentos, com mudanças apenas no foco da linguagem, pensando em atingir esse público-alvo.
"Os nossos transportes das escolas são bastante seguros, as crianças são transportadas com cinto de segurança, com o monitor, mas a gente sabe que no trânsito pode sempre acontecer qualquer tipo de acidente. Então, por exemplo, numa colisão do nosso veículo, se alguma criança se machucar, os monitores e os próprios motoristas já podem fazer esse primeiro atendimento enquanto aguarda as equipes de saúde no respectivo local. A mesma coisa se acontecer algo no ato da entrada ou saída da escola. Ou seja, qualquer tipo de intercorrência neste sentido, com a formação, os motoristas e os monitores vão estar preparados para atender as crianças”, avalia.
Motoristas e monitores
Com cerca de 200 motoristas e monitores presentes na formação, todos se atentaram aos ensinamentos passados pela enfermeira ministrante. Um dos motoristas, Aislan Souza, informa que é a primeira vez em que ele participa de uma formação em primeiros socorros e reconhece a importância de ter o conhecimento ao transportar os alunos.
“O trabalho é tranquilo, a gente transporta as crianças de casa até a escola e da escola até em casa, sempre observando se está tudo bem. A formação é importante porque vamos estar preparados pensando na possibilidade de acontecer algo. Por exemplo, se no trajeto um dos alunos engasgar, pelo o que a enfermeira falou, é provável que a gente faça o procedimento e salve a criança ali”, destaca.
Já a monitora Thaynara Temoteo conta que já vivenciou momentos em que algum dos alunos chegou a passar mal e, na época, ela não sabia como agir corretamente, mas, agora com a formação, se sente mais preparada para lidar com as ocorrências.
“Eu não tinha noção do básico sobre primeiros socorros. Por isso, o curso está sendo bem importante, já que o monitor está realmente à frente dos alunos. A aula foi bem explicada e vou sair daqui com muito mais conhecimento”, afirma.
