Prefeitura promove formação para profissionais da educação especial

O curso formativo é promovido pela Coordenadoria de Educação Especial (Coesp), pelo Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada da Educação de Aracaju (Ceafe) e pelo Departamento de Gestão de Pessoal (DGP). O intuito é alinhar os principais procedimentos em cuidados e mediação pedagógica junto aos profissionais que acompanham os estudantes com deficiência, mitigando incompreensões e dúvidas quanto à prática durante a rotina escolar.

Cerca de 250 cuidadores e 80 mediadores estão participando da formação. Estão sendo abordados temas como o que é educação especial e inclusiva, as principais legislações e procedimentos que devem ser observados, primeiros socorros, higiene e outros cuidados, a exemplo de como alimentar da melhor forma, o auxílio à locomoção e, no caso específico dos mediadores pedagógicos, quais são as melhores técnicas práticas para o impulsionar do aprendizado

"Educar é preparar para o futuro, e a gente sempre trabalha para que este seja o melhor possível, com mais esperança, cuidado e atenção com as pessoas. Quando formamos esses profissionais de apoio à educação especial, é justamente na perspectiva do atendimento a crianças, adolescentes e até mesmo adultos, estudantes nossos, que têm uma condição de vulnerabilidade em face da sua deficiência ou transtorno. Por isso se faz de extrema importância qualificar estes profissionais e fazê-los perceber a interação entre teoria e prática", ressalta a coordenadora de Educação Especial da Semed, Maíra Ielena Cerqueira.

Cuidadora na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Olga Benário, localizada no bairro Santos Dumont, Edjane Andrade diz que uma formação como esta contribui para a mudança na forma como os profissionais enxergam a prática do dia a dia. Segundo ela, é preciso olhar além para as possibilidades de exercer seu ofício, já que ele não se resume ao acompanhamento dos alunos.

"Quando chegamos a uma formação dessa, entendemos qual é o verdadeiro papel do cuidado e novas formas de realizar o nosso trabalho. Nosso ofício não é apenas levar o aluno para o banheiro ou ajudá-lo a se alimentar, tem que ir além, tornando-se para o auxílio do estudante enquanto pessoa, inclusive, em relação ao desempenho escolar. Aprendi muito que o olhar sensível,  como cuidador ou professor, para cada aluno, sendo ele da educação especial ou não, é necessário. Isto influencia no desenvolvimento do aluno", pontua Edjane.

Estudante de Letras/Espanhol na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Alisson Vinícius Vieira atua há dois meses como estagiário e mediador pedagógico na Emef Santa Rita de Cássia, do Bairro América. Ele comenta que a formação está sendo muito interessante, tendo em vista que o possibilita abranger seus conhecimentos acerca da educação inclusiva.