CAP realiza ação em comemoração ao Dia Nacional Da Pessoa com Deficiência Visual

Educação
13/12/2023 17h12

Em comemoração ao Dia Nacional Da Pessoa com Deficiência Visual, que é celebrado no dia 13 de dezembro, a Secretaria Municipal da Educação (Semed), por meio da Coordenadoria de Apoio Educacional às Pessoas com Deficiência (Coepd/CAP), realizou, para este público, um dia de diversão e socialização na praia. A ação teve o objetivo de promover lazer e a inclusão social para mais de 80 alunos e ex-alunos com a deficiência.

O CAP realiza o trabalho de garantir os direitos das pessoas com deficiência visual, recebendo alunos cegos e com baixa visão. Portanto, esta data comemorativa é um momento de reflexão e conscientização, reforçando a cidadania das pessoas cegas e o seu direito ao lazer. A iniciativa teve o apoio da Semed, que disponibilizou ônibus e almoço para os participantes; e do Corpo de Bombeiro de Sergipe, que esteve presente no momento. Iniciada às 9h, a programação contou com atividades sensoriais, como caminhar na areia, entrar no mar, karaokê, entre outras.

Para a coordenadora do CAP, Joana D'arc Meireles, o maior objetivo do dia foi apresentar a essas pessoas outras maneiras de diversão e socialização. “Estamos mostrando a eles outros espaços que eles podem vivenciar e que, nesse espaço, possam aproveitar tudo de melhor. Vamos andar na areia, entrar no mar e realizar atividades para que eles possam ter acesso ao lazer. Muitos não conhecem a praia e outros raramente vêm. Hoje eles estão podendo experimentar o novo”, afirma a coordenadora.

A aluna Marluce Messias, de 45 anos, é uma das alunas mais novas da instituição, ingressou em novembro deste ano e, desde que ficou cega, há dois anos, explica que somente no CAP teve a oportunidade de aprender coisas novas e viver em sociedade novamente. “Antes eu não conversava com ninguém, não saia de casa. O CAP mudou tudo. Em momentos como esse, na praia, eu posso me divertir com pessoas iguais a mim, sem preconceito. Estou aproveitando bastante o passeio, é muito prazeroso”, afirma Marluce.

Edvaldo Serafim, de 45 anos, é ex-aluno do CAP e ingressou na instituição no ano de 2004, por não ter nascido cego, o espaço foi de reabilitação e deu a ele uma nova oportunidade de inserção no meio social. “No CAP eu aprendi a orientação de mobilidade e, graças a esse espaço, eu retornei aos estudos, fiz faculdade e passei em um concurso público. Sempre que possível, participo dessas confraternizações, porque é um momento de descontração e rever os amigos e os colegas”, conta Edvaldo.