Janeiro Roxo: Prefeitura realiza Dia da Mancha na Unidade Santa Terezinha

Saúde
19/01/2024 16h19

Em alusão ao Janeiro Roxo, mês de intensificação da prevenção e combate à hanseníase, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), promoveu nesta sexta-feira, 19, o “Dia da Mancha” na Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Terezinha, no bairro Robalo.

O objetivo da campanha Janeiro Roxo é ampliar o conhecimento da população sobre a doença, por meio de ações de conscientização. A ideia é reforçar a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que geram incapacidades físicas.

De acordo com a médica da USF, Karla Magaly Bonfim, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae e sua erradicação tem esbarrado no medo causado pela desinformação e pelo preconceito. “A transmissão se dá quando o usuário portador de hanseníase permanece sem tratamento. Conhecida como lepra, a doença provocava, antigamente, o isolamento das pessoas infectadas. Por conta desse histórico, algumas pessoas tendem a fugir do diagnóstico da patologia e não possuem o conhecimento de que podem se curar se fizerem o tratamento correto”, ressalta.

A usuária da unidade Ana Cristina Moreira acompanhou as orientações passadas pela equipe enquanto aguardava o atendimento.

“É muito importante ter essa orientação, para podermos identificar os sintomas e procurarmos o tratamento”, afirma.

Outra paciente que comunga da mesma opinião é dona Gilda Santos.

“Já tinha ouvido falar que os primeiros sinais são as manchas no corpo. Nunca tinha visto ninguém de perto com essa doença, mas é muito importante ter essa orientação para saber identificar e realizar atendimento médico o mais rápido possível”, declara.

Sintomas e tratamento
Ainda segundo Karla Magaly, os principais sintomas da hanseníase são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, manchas brancas ou avermelhadas na pele, perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor e nódulos, e placas em qualquer local do corpo.

“Trata-se de uma doença silenciosa e, em razão disto, o paciente muitas vezes não dá a necessária atenção. Em Aracaju, é possível fazer o teste e receber orientações sobre o tratamento medicamentoso nas Unidades de Saúde de Família – USFs. Já no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju – Cemar/Siqueira Campos –, é realizado o tratamento de crianças, idosos e de casos mais graves e complexos da doença. Nessas unidades são fornecidas gratuitamente as medicações e a avaliação dos dados”, orienta a médica.

Campanha e continuidade da programação
De acordo com a referência técnica do setor de Hanseníase, Kátia Silvina, o Programa Municipal de Controle de Hanseníase segue realizando nas USFs a avaliação dermatológica com a ação do “Dia da Mancha”.

“Na próxima segunda-feira, dia 22, na USF Elizabete Pita; Dia 24, na USF Edézio Vieira de Melo; Dia 25, na USF Osvaldo de Souza; Dia 26, na USF Carlos Fernandes; Dia 29, na USF Anália Pina de Assis; Dia 30, na USF José Calumby Filho e dia 31, na USF Dona Sinhazinha, ofertando orientação e atendimento às pessoas com suspeita desta doença”, pontua Kátia.