Perimetral Oeste: Prefeitura promove roda de conversa sobre violência patrimonial

Agência Aracaju de Notícias
23/01/2024 17h31

A Prefeitura de Aracaju realizou na tarde desta terça-feira, 23, uma roda de conversa sobre violência patrimonial com moradoras do entorno das obras da avenida Perimetral Oeste, que está sendo construída pela gestão municipal com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A ação foi realizada no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Dr. Carlos Fernandes de Melo, no bairro Lamarão, através da Diagonal Social, empresa contratada pela gestão municipal, no âmbito do Programa de Requalificação Urbana, para conduzir o trabalho técnico-social junto à comunidade do entorno da avenida.

Com o tema “Moradia e violência patrimonial contra as mulheres”, a roda de conversa foi ministrada pela assistente social do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), Edlaine Sena, convidada para debater a temática com as moradoras. De acordo com a assistente social representante da Diagonal Social na Comissão de Acompanhamento de Obras e Projeto (CAOP) da Perimetral Oeste, Márcia Militão, o tema debatido está inserido no eixo voltado para o protagonismo feminino das mulheres daquela região.

“Falamos sobre a violência doméstica como um todo, mas focando na violência patrimonial. Temos um projeto de intervenção da estagiária Ana Isabela, estudante de Assistência Social da UFS [Universidade Federal de Sergipe], e que fez todo o seu projeto dentro do escritório da Diagonal, e hoje é o fechamento desse projeto de intervenção, com esse tema específico”, disse.

Edlaine Sena, que conduziu a roda de conversa, destacou que esse é um trabalho de sensibilização e conscientização das moradoras, para que conheçam os seus direitos.

“Vamos falar também sobre o Cram, equipamento social que as mulheres em situação de violência podem procurar. É uma oportunidade de fortalecimento das mulheres em situação de fragilidade, para que possam se sentir fortalecidas nesse processo. É importante a presença dos homens aqui também, para que se somem a esse enfrentamento à violência. Temos muitos homens que são parceiros nessa luta. Não só levamos a informação, mas também tiramos dúvidas que muitas vezes não aparecem em outras oportunidades. Aqui as mulheres se sentem mais à vontade, pois é o território delas”, disse.

Conhecendo os direitos

As moradoras e moradores que participaram da roda de conversa mostraram-se satisfeitas com a oportunidade de obterem mais conhecimentos sobre os seus direitos. É o caso de Jaqueline Panta da Silva, que está grávida de seis meses. Ela morava na comunidade Rosa do Sol e, agora, com as obras da avenida Perimetral Oeste, está morando provisoriamente no bairro Dom Luciano, graças ao Aluguel Social.

“Atividades como essa nos agregam conhecimentos. É muito importante, porque temos visto muitos casos de feminicídio, casos de violência patrimonial e doméstica, então é necessário termos mais conhecimentos para que nós, mulheres, possamos nos defender cada dia mais”, disse.

A dona de casa, Maria Cristina Santos, de 52 anos, destacou que os números da violência contra a mulher andam muito grandes. “Antigamente não havia tantas leis protegendo as mulheres, como existem hoje, então é importante a gente conhecer e buscar os nossos direitos”, pontuou.

Quem também participou foi o morador Antônio Carlos da Conceição. “Temos que saber lidar com as mulheres com respeito, saber dialogar e conversar com nossas parceiras, e é preciso que a gente conheça os direitos das mulheres, que são iguais aos nossos”, declarou.