Prefeitura orienta sobre adoção de cuidados para prevenir doenças comuns no verão

Saúde
29/01/2024 13h56

As altas temperaturas registradas durante o verão podem aumentar a incidência de problemas por desidratação, queimaduras, intoxicação alimentar, inflamações, conjuntivite e doenças que são transmitidas por vírus e bactérias. Por isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), orienta os sintomas de alerta, cuidados e onde procurar assistência médica.

“A exposição excessiva ao sol pode estar relacionada a sintomas diversos, como dor de cabeça, tontura, vômito, náuseas, palidez, desmaio e queimaduras na pele. Estes sintomas podem ser manifestação de doenças típicas do verão. Portanto, devemos ter atenção em horários de pico de atividade solar, ou seja, das 10h às 14h. Redobrar o cuidado em relação ao uso de protetores solares e aplicá-lo a cada duas horas, quando exposto ao sol, tentando-se às instruções no rótulo do produto, bem como utilizar bonés, óculos e roupas com filtro solar para proteção”, destaca o médico da estratégia de saúde da família da SMS Rafael Silva.

É importante ressaltar, ressalta o médico, que existem doenças que se aproveitam das altas temperaturas e das baixas condições de higiene para se proliferarem. Diante disso, beber bastante água é outra dica, além de outros líquidos, como água de coco, rica em eletrólitos, minimizando efeitos da desidratação. Assim como a água é responsável pela hidratação do corpo, alguns alimentos também auxiliam nesse processo em períodos de temperaturas mais elevadas. 

“Sucos naturais, preferencialmente sem açúcar, chás, isotônicos podem auxiliar na hidratação, bem como as frutas ricas em água, queridinhas da população aracajuana nesse período, como o melão, a melancia, o abacaxi e a laranja. No entanto, caso experimente sinais ou sintomas de desidratação, evite tentar tratar sozinho com esse tipo de alimentos e bebidas, uma vez que pode ser que precise de soro de reidratação oral, que contém, além de água, sais minerais essenciais para o tratamento desses problemas. Na dúvida, procure sempre um serviço de saúde”, orienta Rafael. 

Intoxicação alimentar
A conservação inadequada de alimentos é outra grande vilã durante o verão, como destaca o médico. Ao ingerir comidas contaminadas com bactérias, fungos ou toxinas, o adoecimento pode vir e das formas mais variadas possíveis. 

“Os sintomas geralmente iniciam com náuseas, vômitos, diarréia, febre e podem evoluir para desidratação e uma sensação de mal-estar generalizado. Para diminuir a chance de ter intoxicação alimentar, devemos dar preferência aos alimentos frescos e evitar o consumo de produtos pré-cozidos ou fritos, sobretudo em locais em que não se confie no preparo destes alimentos. Comer fora de casa é sempre um desafio quando falamos de evitar doenças, sejam nos  restaurantes, com vendedores ambulantes, lanchonetes etc. Caso perceba ou relacione o seu adoecimento com algum lugar específico, notifique a Vigilância Sanitária pelo telefone 3711-5072”, ressalta o médico.

Outras doenças 
Nesta época do ano, também surgem muitos casos de inflamações no ouvido e conjuntivite. Devido às férias, o mergulho em mar ou rio e o uso excessivo de cotonete podem provocar otites. Além de dor no ouvido, a doença provoca febre, cefaleia, zumbido, problema de audição e tontura. A enfermidade pode ser prevenida com o uso de protetores macios de ouvido. 

“Outra enfermidade bastante comum é a conjuntivite bacteriana. Os sintomas são olhos vermelhos, muito inchados, ardência e com secreção ou não. Para prevenir a doença, é preciso evitar aglomerações e o compartilhamento de itens levados ao rosto, como toalhas, maquiagem, pincéis e fronhas. É fundamental também higienizar as mãos e olhos com frequência”, destaca Rafael. 

Fluxo de atendimento
Na rede pública, as ações de atenção integral à saúde das pessoas são desenvolvidas tendo a Rede de Atenção Primária (Reap) como início do acesso. O paciente vai até a Unidade de Saúde da Família (USF) de sua referência e os profissionais de saúde o atendem e o encaminham para outra Rede, caso necessário. 

“Em Aracaju, as USFs oferecem: acolhimento, classificação de risco de casos agudos, consultas de enfermagem, médicas e de saúde bucal, distribuição e administração de medicamentos, vacinas, curativos, visitas domiciliares, atividade em grupo nas escolas, educação em saúde, entre outras. Já nas Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, o direcionamento deste atendimento é realizado após a classificação de risco do paciente. Logo, pacientes com sintomatologias leves não serão a prioridade no atendimento em redes de urgência ou hospitalares, o que reforça a orientação para que os usuários que imaginem ter casos que sejam de pouca gravidade busquem atendimento nas unidades de saúde”, reforça o médico.