Localizada no bairro Bugio, zona Oeste da capital, a Estação Cidadania - Esporte Radialista Carlos Magno é um instrumento de transformação social. O complexo esportivo da Prefeitura de Aracaju e gerido pela Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp), atende a 1.400 alunos da comunidade, matriculados em mais de 20 modalidades diferentes.
Uma das modalidades ofertadas no complexo é o vôlei de quadra, esporte que promove benefícios para o desenvolvimento físico e para a integração social dos 27 anos com idade a partir dos 12 anos. As aulas desta modalidade acontecem todas às segundas e quartas-feiras, das 15h às 16h.
Para a secretária da Sejesp, Liliane Borba, o vôlei de quadra é um grande exemplo da influência positiva que o esporte proporciona às pessoas e como o trabalho desenvolvido na Estação Cidadania se constitui como um aliado nesse sentido.
“O vôlei é mais um dos esportes que cumpre esse papel de formação do cidadão para as interações sociais, além da sua influência no bem-estar. As aulas na Estação Cidadania têm atuado não só como ensino da modalidade, mas também com um canal de aprendizado que reflete no comportamento social, em razão da disciplina, respeito e parceria dentro da quadra, visto que é um esporte coletivo. Dessa maneira, a Prefeitura promove mais este esporte, por meio da Sejesp, possibilitando experiências que contribuem para desenvolvimento da comunidade”, pontua a gestora.
O diretor de Esporte e Lazer da Estação, Cristiano Poconé, ressalta a importância da participação da comunidade do Bugio nas atividades desenvolvidas pelo complexo esportivo. “O ensino do vôlei na Estação nos proporciona algo gratificante que é ver a interação entre jovens e adultos e como eles se ajudam nesse processo de aprendizagem da modalidade, visto que há aqueles que têm maior domínio do esporte, mesmo sendo iniciante, e isso permite a construção de uma relação de união, ressaltando que esse também é o papel do esporte”, ressalta o diretor.
Professora de vôlei da Estação Cidadania, Liana Vieira é responsável pelas aulas da modalidade há mais de um ano. Ela destaca que, durante esse período, as atividades foram essenciais para desenvolver o senso social e a capacidade motora dos alunos.
“Eles [os alunos] entram com a expectativa de aprender a modalidade e a gente faz isso através dos fundamentos, ensinando sobre o que é manchete, o que é o toque, sempre repetindo o movimento, e uma coisa muito importante que eu percebo é: o senso coletivo que o voleibol, e o esporte como um todo, trazem. Do ponto de vista social, a Estação exerce esse papel de ajudar o cidadão a se entender como tal. O esporte não traz uma evolução somente para a modalidade e sim para a vida”, disse.
Luiz Carlos Santos Júnior, de 42 anos, participa desde o início das aulas da modalidade, como forma de se manter ativo na prática de atividade física. O controlador de portaria brinca com a diferença de idade comparado aos demais colegas, mas enfatiza como isso também o ajudou na sua própria evolução pessoal.
“Pela minha idade, eu acabo convivendo com uma garotada. Então, de certo modo, a gente acaba tendo que se adaptar a cada um, já que vivemos nossa juventude em épocas diferentes. Pra mim, é quase uma lição de vida e como mais velho também tenho o cuidado de passar o exemplo, na questão de disciplina, dando conselho”, afirma.
A estudante Anny Nascimento, de 16 anos, já pratica vôlei de quadra na escola, mas descobriu, por meio de uma amiga, sobre as aulas da modalidade na Estação. Ela se matriculou recentemente, há um mês, e conta que “ aqui [na Estação], eu me sinto mais livre pra aprender, sem pressão, e as pessoas daqui também são mais tranquilas e amigáveis”, salientou a estudante.
