BPC na escola: comitê traça estratégias de abordagem para crianças e adolescentes cadastradas no Cadúnico

Assistência Social e Cidadania
22/02/2018 12h29

Intersetorialidade e compromisso com a diversidade no atendimento à população. Com este objetivo uma comissão formada por representantes da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou na manhã desta quinta-feira, 22, a 2ª Reunião do Comitê Gestor Intersetorial do (Benefício de Prestação Continuada) BPC na Escola. O encontro foi voltado para traçar estratégias de abordagem voltadas para crianças e adolescentes, entre 0 e 18 anos, que possuem algum tipo de deficiência e estão vinculadas ao Cadastro Único (Cadúnico).

De acordo com um levantamento realizado pela Assistência, a partir do Cadúnico, cerca de 1600 meninas e meninos possuem o perfil de idade escolar ou estão aptos para utilizarem os serviços das creches da capital. Mas, para isso, precisam estar com os registros devidamente atualizados. “Estamos realizando este trabalho com foco na identificação das barreiras que dificultam o acesso e a permanência destas crianças e adolescentes em nossa rede de ensino. Estamos aqui hoje com a Saúde e a Educação para conversar sobre o questionário feito pelo Governo Federal, a ser aplicado pelas equipes do Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). Isso vai nos dar um norte para identificar qual a dificuldade que está sendo encontrada para que este público não esteja indo às instituições de ensino”, destacou a assistente social da Assistência Social de Aracaju, Tatiana Santos.

O assistente social da Semed, Everton Ramon dos Santos, explicou que, após o processo do questionário, será discutida a elaboração das demandas da população. “O BPC é um benefício de prestação continuada, mas hoje estamos discutindo algumas especificidades como entraves causados pela própria população, que ainda tem no senso comum o fato de não levar seus filhos para os equipamentos da Prefeitura por medo de perderem a renda. Vamos atrás de conhecer a vida de cada uma dessas pessoas. Durante nossas abordagens vamos também fazer um trabalho de conscientização”,  frisou.

Já a Saúde abordou as possibilidades de aproveitamento dos dados e informações, a fim de melhorar também o sistema de atendimento. “Esta discussão nos interessa porque acredito que isso ajuda a gente a aprimorar os nossos cuidados de atenção à Saúde da pessoa com deficiência. Assim faremos um rastreamento, sabendo onde se encontram estas pessoas que não estão sendo assistidas, para assim conseguir inseri-las em nossos programas. Desta maneira podemos qualificar os nossos cuidados", ponderou Sony Petris, coordenadora de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência da SMS.