Prefeitura leva palestra da Patrulha Maria da Penha à Emef Maria Thetis

Agência Aracaju de Notícias
25/10/2022 16h53

Na busca por provocar reflexões acerca da violência de gênero, machismo e relacionamentos abusivos, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), levou, na tarde desta terça-feira, 25, aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Thetis, no bairro América, palestra do programa Patrulha Maria da Penha, desenvolvido pela Guarda Municipal de Aracaju (GMA).
 
A Patrulha Maria da Penha é um serviço realizado pela administração municipal a partir do convênio firmado com o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), para assegurar proteção ostensiva, quanto à conscientização sobre violência de gênero. Paralelo ao serviço realizado junto às vítimas, a corporação também atua no sentido de conscientizar a população. 

“Trabalhamos com dois pilares: firmar as medidas protetivas das mulheres que sofreram violência de gênero, evitando a reincidência da agressão; e a prevenção, por meio dessas intervenções com os alunos nas escolas, explicando o que é um relacionamento abusivo e escala da violência”, explica a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Vileanne Brito.

As palestras nas escolas acontecem a partir de agendamento indicado pela Secretaria Municipal da Educação (Semed) e têm como público-alvo crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos. 

“Nosso papel é trabalhar na prevenção e com a educação porque sabemos que a violência contra a mulher é uma questão estrutural. Então, não adianta trabalhar só com o viés da punição. É necessário que a gente converse, dialogue, principalmente com os jovens. No caso de uma violência física mais grave, ela vai começar antes com uma violência psicológica, por um relacionamento abusivo. Então, é importante vir às escolas para, justamente, mostrar os perigos de uma relação abusiva, quais são os sinais, os alertas. O nosso objetivo é fazer repensar valores, ajudar na desconstrução de uma sociedade que é machista e vulnerabiliza as mulheres, para que possam estabelecer relações mais saudáveis”, aponta a guarda municipal Sabrina Dias, responsável pela palestra nesta terça-feira. 

Para o aluno Yury Silva, de 14 anos, poder acompanhar as explicações em relação ao conteúdo da Lei Maria da Penha, o trabalho da GMA e a normalização de algumas violências ligadas ao gênero é positivo. 

“Achei a palestra bacana. Eu mesmo já vi situações de violência e não sabia o que fazer, agora já sei. Queira ou não queira o que a gente escuta aqui fica na nossa cabeça, então é início para mudar algumas coisas”, conta Yury.

A estudante Letícia Conceição, de 11 anos, concorda com o colega e vê a troca de experiências entre a palestrante e os adolescentes como uma chance de compreender como se origina uma situação de abuso e, assim, evitar a escalada da violência. 

“Eu aprendi muitas coisas. É a primeira vez que eu assisto uma palestra como essa e acho importante ouvir os exemplos para aprender o que é saudável e o que não é”, frisa Letícia.