Dia do Gari: Prefeitura homenageia e reconhece importância desse profissional para a cidade

Atuar, diretamente, para a manutenção da limpeza urbana não é uma tarefa fácil. Todos os dias, garis e margaridas percorrem os quatros cantos da capital executando tarefas que exigem, entre outras características, comprometimento, esforço e disposição. E para marcar a data dedicada a esta que é uma das profissões mais fundamentais ao funcionamento da cidade, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), promoveu um café da manhã em homenagem aos agentes que fazem parte do quadro de colaboradores efetivos da empresa. 

Em meio aos participantes do evento, Reginaldo Ferreira Mota conversava e brincava com os colegas sem tirar do rosto a alegria com a qual recebeu os votos de agradecimento e reconhecimento pela função que exerce há quase uma década. Ao relatar como se sentiu durante as homenagens, o gari de 51 anos foi taxativo ao mencionar sobre o quão difícil ainda é a realidade que presencia nas ruas. 

“Ser gari não é para qualquer um. Você tem que amar e realmente gostar do que faz, caso contrário, você não chega nem a um ano. No dia a dia, as pessoas não têm muito cuidado e ainda costumam jogar lixo no chão. A gente precisa estar atento, porque sempre, após você limpar, passa alguém e suja de novo. Apesar disso, sinto muito orgulho da minha profissão e acho importante a Emsurb estar promovendo esse encontro, com todo mundo junto, comemorando. Para nós, garis, isso é gratificante”, expressa Reginaldo, que trabalha na região do centro comercial.  

O gosto e o prazer pelo que faz são mais do que perceptíveis nos olhos de Gesse James Feitoza. Na profissão há quase sete anos, ele conta com exaltação sua rotina frente aos serviços de varrição e capinação, os quais contribuem, significativamente, para deixar a capital mais limpa e conservada, para os aracajuanos e turistas. Na visão do gari de 38 anos, nos locais por onde passa, a comunidade tem demonstrado um conhecimento maior acerca da valorização e da gratidão a estes trabalhadores e trabalhadoras.  

"As pessoas têm aceitado bem o nosso trabalho e sinto que estão ficando mais conscientes. Nos locais que passo, o pessoal tem jogado menos lixo no chão, apesar de ainda ter muitos que fazem isso em outros espaços. Tenho um orgulho enorme em ser um profissional da limpeza urbana. Onde vamos, só recebemos parabéns e elogios. Fico muito contente”, comenta Gesse.  

Para além de reconhecer a relevância que garis e margaridas representam, a sociedade também é parte indispensável na conservação da cidade e deve cultivar bons hábitos de higiene e zelo com as áreas de uso público. Entre as ações coletivas que podem ser incorporadas pela população estão o respeito aos horários da coleta de lixo, adesão à separação e ao descarte adequado de resíduos e recicláveis. 

A relevância desses profissionais foi enaltecida, também, pelo presidente da Emsurb, Bruno Moraes, ao participar do evento comemorativo, reforçando que os serviços executados são fundamentais para a garantia de bem-estar às famílias aracajuanas. 

“Não há como negar que se trata de um profissional cujo trabalho é mais do que essencial para o nosso município, com impactos positivos ao meio ambiente, para espécies da fauna e da flora, à saúde pública, dentre muitos outros. Tivemos o exemplo da pandemia, em que os agentes continuaram assegurando a manutenção dos espaços urbanos, enquanto boa parte da população estava resguardada em casa para evitar o avanço da doença. Por tudo isso e muito mais, estes homens e mulheres merecem toda a nossa admiração e apreço, pelo bem que geram à nossa capital”, frisa o gestor.  

A margarida Cristina Sacramento dos Santos ainda enfrenta o preconceito e a falta de sensibilização nos momentos de trabalho. Aos 50 anos, seis deles atuando na limpeza pública da capital, ela cita que não é raro episódios em que faltam o respeito e a gentileza por parte da população, mas que, ainda assim, não diminui o sentimento que carrega em poder contribuir, todos os dias, para deixar Aracaju mais bela e agradável. 

“Nas ruas, a maioria nem enxerga a gente, chega a virar até a cara, o que deveria ser o contrário, pois sem nós, nada funciona. Mesmo assim, eu gosto demais de ser margarida e posso dizer que me sinto realizada. No evento de hoje, fiquei lisonjeada. Estou participando pela primeira vez e gostei muito, espero que tenha mais”, diz sorridente.