Com formações continuadas, Semed capacita profissionais para atuação na educação especial

Educação
07/06/2023 08h28

Com a proposta de ofertar uma educação inclusiva de qualidade na capital, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Coordenadoria de Educação Especial (Coesp/Semed) da Secretaria Municipal da Educação, tem adotado uma política de formação continuada para professores das salas de recursos multifuncionais, técnicos e demais profissionais da rede. Somente no ano de 2023, já foram realizadas diversas formações, direcionadas a públicos distintos, abrangendo o atendimento educacional especializado e a educação especial.

No primeiro semestre deste ano, a Coesp já realizou diversos cursos formativos para profissionais de apoio da Educação Especial e Inclusiva (EEI), cuidadores, mediadores, professores que compõem o Atendimento Educacional Especializado, professores polivalentes, coordenadores pedagógicos. Todos eles ocorrem em articulação com o Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada (Ceafe) e demais coordenadorias do Departamento de Educação Básica (DEB).

O ciclo de cursos foi iniciado em fevereiro, com a formação dos profissionais de apoio à EEI, tais como cuidadores e mediadores. Durante quatro dias, em dois turnos, foram abordadas temáticas relacionadas às particularidades dos estudantes, desde as principais características, sinais ou sintomas das deficiências e/ou transtornos mentais, até formas de acolher os alunos e compreender as suas necessidades específicas, passando pela legislação brasileira que protege e garante direitos às pessoas com deficiências.

As formações foram ocorrendo ao decorrer dos meses até que, em maio, também foi ofertado curso para técnicos das coordenadorias de Educação Física (Coefesp), Arte-Educação (Coarte), de Educação para Jovens e Adultos (Coeja) e de Ensino Fundamental (Coef), visando que os mesmos sejam multiplicadores das adaptações de currículos, atividades e avaliações.

Curso Online
No mês de maio, foi iniciada a Formação on-line em Educação Especial e Inclusiva, voltada aos professores polivalentes, que abrangeu profissionais da rede e público externo, e está sendo ofertada a fim de fortalecer o tripé da EEI: legislação, teoria e prática. Coordenadora da Coesp, Maíra Ielena afirma que a adesão e o engajamento do público a este projeto tem superado as expectativas da rede.


“A princípio, pensamos que por acontecer em noites de sextas, às 19h, a proposta não atrairia tanto os profissionais, mas a quantidade e a diversidade de inscritos [mais de 500], desde professores regentes, professores do AEE, apoios, a familiares de todo o país, nos surpreendeu bastante. Foi bastante impactante vermos o engajamento, a participação de todos via chat ao vivo e a quantidade de visualizações dos vídeos: o primeiro módulo já conta com quase mil visualizações”, relata Maíra.

Inicialmente, o curso aborda a EEI, deficiências e transtornos e, posteriormente, de modo mais aprofundado, cada deficiência ou transtorno que contemplada no Atendimento Educacional Especializado é trabalhado. Não só equipe da rede municipal de ensino de Aracaju está participando, mas também pessoas de outros municípios, da rede estadual e demais estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia. Maíra e sua equipe acreditam que a quantidade de inscritos e o quantitativo de visualizações dos vídeos se devem ao grande interesse pela EEI em todo país e a uma abordagem mais leve, fluida, e que tem foco nas práticas, não apenas em teorias e/ou leis.


A coordenadora pontua, ainda, que a Coesp tem adotado uma política de formação continuada não só para professores de SRM, como para técnicos da Semed e outros docentes. “Notamos que, em nosso país, processos formativos que envolvem a EEI são compostos por discursos muitas vezes marcados por um forte conteúdo legislacional ou motivacional, mas esvaído em viés prático e estratégico. Não adianta dizer ao professor que a inclusão é linda, mas formá-los quanto ao que fazer, como, quando e porquê. Por isso, estamos apostando nas formações desde o início do ano letivo e buscamos, assim, tirar a inclusão do papel e do discurso, efetivando-a no cotidiano das nossas escolas”, explana.