Educação inicia 3º ciclo de Prova de Leitura entre alunos do ensino fundamental

Educação
26/06/2023 14h45

Alunos do 1º ao 5º ano das 46 escolas de ensino fundamental da capital sergipana estão participando do 3º ciclo de Prova de Fluência Leitora do ano letivo de 2023. As avaliações de leitura começaram nesta segunda-feira, 26, e seguem até o dia 4 de julho. Com a iniciativa, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem o objetivo de diagnosticar em que nível da habilidade cada estudante está: se são  leitores de sílabas, de palavras, de frases ou de texto com ou sem fluência.

Os resultados do 3º ciclo da Prova de Leitura, comparados aos que foram colhidos no ciclo anterior, indicarão os alunos que irão precisar participar do reforço escolar oferecido pela Semed de 17 a 28 de julho, durante as férias letivas do meio do ano. Além disso, nortearão as estratégias pedagógicas da Educação e por cada escola para melhorar o desempenho dos estudantes nesta habilidade e fortalecer a alfabetização em Aracaju.

O diretor do Departamento de Educação Básica (DEB), Evilson Nunes, afirma que esta ação garante que, no retorno do aluno ao 2º semestre, haja um melhor desempenho por parte dele ao que se refere à proficiência leitora. "Aqueles estudantes que ainda estão entre os níveis um e dois farão jus a atividade de reforço de férias centrada no domínio da competência leitora. É uma avaliação que traz uma importância a mais, na medida em que mapeamos a evolução dos alunos no primeiro semestre letivo e adotamos medidas complementares para o período de férias", destaca.

O DEB já realizou a seleção das escolas que serão polos do reforço escolar. A partir deste quadro de alunos, será organizada a logística de professores e de transporte, visando garantir a melhor qualidade possível para todos os envolvidos. Serão duas semanas centradas no domínio da proficiência leitora e cada turma será agrupada com cerca de cinco a dez alunos, para que a interação e o acompanhamento possam ser feitos de forma mais minuciosa e mais eficaz por parte do docente.

A Coordenadoria de Ensino Fundamental (Coef/Semed) está prestando o apoio necessário para as escolas através de formadores e apoiadores que fazem acompanhamento da aplicação das provas junto às unidades de ensino. A coordenadora do setor, Patrícia Tavares, explica que, após o resultado destas avaliações, é feito um trabalho de análise dos dados.

"Além do apoio na aplicação das provas, também promovemos formações e acompanhamento com os profissionais das escolas, para orientá-los. Esta ação já vem se tornando uma prática e os coordenadores já sabem como devem fazer, sendo realizada de forma tranquila. Após o período das provas, todos nós temos acesso ao resultado através da plataforma Sima-Aju. Fazemos uma análise dos dados e reunião com devolutiva para cada unidade escolar. Comparamos o diagnóstico da avaliação anterior com o atual e as apoiadoras elaboram um plano de ação para que o estudante com mais dificuldades saia daquele nível e avance", detalha Patrícia.

Coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Conrado de Araújo, localizada no bairro São José, Ivanilde de Oliveira, ressalta que esta estratégia se tornou ainda mais fundamental por auxiliar as escolas em seus projetos e planos de ação em sala de aula. "A gente verifica o quanto eles se desenvolveram desde o início da Prova de Leitura, em 2022. A partir dos resultados obtidos, traçamos estratégias para melhorar o desempenho na leitura. Por exemplo, nos 2º anos fizemos uma reenturmação temporária e já estamos com um número muito grande de leitores. No ano passado, os alunos do 3º ano estavam em situação crítica na habilidade leitora; hoje, 74% dos estudantes da turma, que agora é 4º ano, já são leitores com fluência", relata.

Professora do 4º ano na Emef Alcebíades Melo Vilas Boas, do bairro Grageru, Lívia Notargiacomo, conta que, com a Prova de Leitura e outras ações para o fortalecimento da alfabetização aplicadas na capital, ela e os demais docentes de ensino fundamental da rede vêm conseguindo acompanhar o desenvolvimento da fluência leitora de cada aluno e identificar possíveis dificuldades na aprendizagem. "Como professores, observamos que as crianças voltaram do período de aulas remotas, por causa da pandemia, com um acerto atraso ou déficit na aprendizagem. Tivemos que retomar conteúdos dos anos anteriores para que eles pudessem ir acompanhando", explana a professora.