Em junho, Aracaju volta a superar média histórica de acumulado de chuva para o período

Defesa Civil
04/07/2023 16h00

No mês de junho, Aracaju registrou 289,6 milímetros (mm) de volume acumulado de chuva. O montante representa, mais uma vez, a superação da média histórica, na capital, que para esse período é de 194,4 mm. Os dados são monitorados pela Defesa Civil de Aracaju, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), que desenvolve ações estratégicas e contínuas para a prevenção contra riscos e atendimento às demandas da população.

O secretário da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado, frisa que junho é, historicamente, o segundo mês mais chuvoso do ano. "O mês foi de transição de estação. Saímos do outono, em que somamos acumulado 1.191 mm de chuva, volume próximo da média histórica anual de 1.379 mm. Nesse início de inverno, iniciado no último dia 21, monitoramos os impactos do grande volume já acumulado e trabalhamos, continuamente, para atender a população e ampliar a capacidade de resiliência da nossa cidade, em conjunto com os demais órgãos da Prefeitura de Aracaju", explica.

Ao longo do mês passado, dois avisos de chuvas intensas foram emitidos através do Serviço de Alerta por SMS 40199. O recurso ultrapassou o montante de 55 mil telefones cadastrados para o recebimento das mensagens, o que corresponde a 8,38% da população aracajuana.

Entre as atividades executadas pelo órgão, nesse mesmo período, esteve a atenção aos chamados registrados a partir do número emergencial 199, que somado às demais solicitação, resultaram no atendimento a 232 ocorrências, das quais 29% relacionadas à avaliação de risco estrutural e 57% referentes a alagamentos.

O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, indica que, a partir das vistorias realizadas pelas equipes, houve 21 interdições, sendo 11 delas totais e outras 10 parciais. "Realizamos vistoria e atuamos continuamente com foco, principalmente, na redução de riscos à população, especialmente com atenção aos moradores das áreas mais sensíveis", afirma.

Bairros da antiga Zona de Expansão
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, ainda que o volume acumulado em junho tenha sido inferior ao mês de maio, que somou 537,3 mm, algumas ações estiveram relacionadas aos impactos do mês anterior.

"No mês de junho, a maior parte das ocorrências demandadas estão relacionadas a situações de inundações e alagamentos, principalmente na zona Sul, nos bairros da antiga Zona de Expansão. Isso não somente em decorrência do volume de chuva registrado no mês de junho, que foi significativo, mas principalmente em decorrência do volume excessivo no mês de maio, que provocou a saturação das lagoas e aumento do nível do lençol freático na região", detalha Robson Rabelo.

Ele destaca que ações estratégicas foram empreendidas, em conjunto com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), para mitigar transtornos e otimizar a drenagem da água acumulada na região, em áreas dos bairros Aruana, Mosqueiro, Robalo, São José dos Náufragos, Areia Branca, Gameleira e Matapuã.

O secretário Silvio Prado reforça que a Prefeitura tem atuado de maneira estratégica para redução dos transtornos na região. "As ações vêm ocorrendo ininterruptamente há mais de 40 dias, com medidas que envolvem interligação de lagoas, desobstrução de rede de drenagens, bombeamento de áreas alagadas, sucção com carros-pipa; assentamento de tubulações de concreto e pvc, escavação de valas, entre outras. Outras medidas vêm sendo estudadas pela Prefeitura, através da Emurb, para ampliar a capacidade de drenagem nas áreas mais sensíveis", salienta o gestor.

Festejos juninos

A Defesa Civil de Aracaju também esteve envolvida, durante todo o mês de junho, na atenção à segurança estrutural de eventos que compõe os festejos juninos na capital, como é o caso do Forró Caju 2023, realizado entre os dias 23 e 29.

"Foram empreendidas vistorias antes, durante e após a realização de shows, com verificação de toda a documentação necessária à montagem e desmontagem das estruturas de palcos e camarotes, avaliação da qualidade dos materiais, assim como foi realizado monitoramento da lotação dos espaços, para orientar a atuação dos bombeiros civis no controle de acesso às estruturas, assim como para subsidiar as avaliações da organização do evento", frisa Robson Rabelo.