Perimetral Oeste: roda de conversa auxilia na formação e empoderamento de mulheres

Agência Aracaju de Notícias
12/07/2023 21h00

Os diversos tipos de violência doméstica estiveram no foco do debate a roda de conversa que reuniu nesta quarta-feira, 12, no Cras João de Oliveira, no Santos Dumont, mulheres acompanhadas pelo trabalho social realizado junto às famílias que foram realocadas para construção da avenida Perimetral Oeste. A atividade faz parte do Programa de Empoderamento Feminino do Trabalho Técnico Social que está sendo realizado junto às famílias residentes no eixo de intervenção da nova avenida, principal obra do programa de requalificação urbana da Prefeitura de Aracaju.

A discussão do tema foi conduzida pela Equipe Social da Perimetral Oeste, que convidou a Coordenadoria de Políticas para as Mulheres da Secretaria Municipal da Assistência Social (Semfas) para o debate. Após a exposição inicial, as mulheres se dividiram em grupos e apresentaram, umas para as outras, cada um dos cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Na avaliação de Edlaine Sena, coordenadora de Políticas para as Mulheres, a tarde foi bastante construtiva. “Elas puderam identificar, através de alguns exemplos, quais as violências existentes, além de trazer seus próprios relatos, suas vivências. Também falamos sobre os canais de denúncia que elas podem procurar, e tivemos a presença da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Avanize Santos”, conta.

Para Aline Santos, beneficiária do reassentamento da avenida Perimetral Oeste, as informações foram enriquecedoras. “A atividade foi uma maravilha. Esses tipos de palestra sempre são importantes pra gente abrir a mente sobre esse tipo de situação, porque muitas vezes a gente conhece ou passa por uma situação dessa e não sabe que passa. E participando desse tipo de atividade, a gente fica sabendo o que deve fazer e a quem pode recorrer”, avalia a moradora.

Também facilitadora da roda de conversa, Elissandra Barboza destacou a importância de as pessoas entenderem quais os tipos de violência doméstica para que consigam quebrar o ciclo de violência. “A gente percebe que, muitas vezes, a pessoa não sai da relação por não entender que a violência vai além da violência física. E essas mulheres que participaram desse diálogo com certeza serão multiplicadoras dessa informação. Vão passar o conhecimento, que é libertador, para mais pessoas da comunidade e da sua família”, afirmou.

Mariana Nascimento, moradora do bairro Soledade, destacou que o encontro foi informativo e necessário. “Por mais que a gente viva em uma era que tem telefone e internet, tem muitas informações que a gente ainda precisa. Eu, por exemplo, não reconhecia algumas violências e hoje eu sei que existem muitos tipos. Então, se a gente precisa aprender cada vez mais, atividades como essa só vêm agregar”.

De acordo com Márcia Militão, técnica social da projeto da avenida Perimetral Oeste, o Programa de Empoderamento Feminino busca fortalecer e informar as mulheres da comunidade, e incentivar sua autonomia financeira através de ações de fomento à geração de renda. “Diversas atividades já vêm sendo realizadas com esse objetivo e, para este mês, temos o lançamento de cursos de capacitação já previstos, além de oficinas e outras rodas de conversa, essenciais para que elas obtenham cada vez mais conhecimento, afinal, informação é poder”, concluiu.