Prefeitura promove dia de lazer para crianças e adolescentes em situação de acolhimento

Assistência Social e Cidadania
23/07/2023 16h24

Em mais uma ação de garantia de acesso ao esporte, ao lazer e à convivência familiar e comunitária, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria da Assistência Social, levou cerca de 50 usuários da Proteção Social Especial (PSE), na tarde deste domingo, 23, para assistir a uma partida de futebol americano no estádio João Hora de Oliveira, no bairro Siqueira Campos. 

Os participantes da ação crianças e adolescentes acolhidos nas Casas Lares 1, 2 e 3, no Abrigo Sorriso, que acolhe crianças de 0 a 12 anos, e no Abrigo Caçula Barreto, unidade que atende adolescentes de 12 a 18 anos. Os pequenos puderam assistir a uma das partidas da Liga Brasileira de Futebol Americano (Liga BFA), que conta com o apoio da Secretaria Municipal da Juventude e Esporte (Sejesp), e foi disputada entre as equipes Sergipe Redentores e Carrancas. Para a maioria, esse foi o primeiro contato com esta modalidade esportiva.

A coordenadora da Proteção Social Básica, Catharina Menezes, que acompanhou as crianças e adolescentes na atividade, destaca que essa é a segunda vez que a Assistência Social é convidada a levar seus usuários para prestigiar a partida do campeonato de futebol americano. Ela afirma que a iniciativa partiu da equipe Sergipe Redentores, a qual ofertou os ingressos para todos os usuários e entrou em campo com os assistidos, que estavam com pinturas nos rostos e balões nas cores do time. 

“É sempre muito importante para a Secretaria promover esses momentos de lazer para os nossos acolhidos, para que eles possam sair da rotina, ter espaços de convivência com outras pessoas, ter espaços de lazer, então a gente sempre prima por aceitar esses convites. Como deveres listados na legislação, não poderíamos nos furtar de abrir esse espaço para nossas crianças, de convívio com a comunidade, de direito ao lazer, ao esporte, a brincadeiras, pois para que se tenha uma infância saudável, é preciso resguardar todos esses direitos e a Assistência Social não poderia deixar a efetivar esses direitos para essas crianças e adolescentes”, destaca. 

O diretor da equipe Sergipe Redentores, Manoel Reis Neto, destaca que a ideia partiu de um dos jogadores. O sonho do jogador Mateus era entrar em campo com o time que ele torcia, como isso não foi possível, hoje, na condição de jogador, ele quis ofertar a oportunidade para outras crianças e adolescentes. 

“Essa ideia partiu de um dos nossos jogadores, pois o sonho da vida dele era entrar em campo com o time do coração dele. Ele conseguiu esse contato através da Secretaria da Assistência Social e não pensou duas vezes em fazer isso acontecer, apesar dele não ter conseguido na infância dele, hoje em dia ele consegue promover isso pra outras crianças. É gratificante poder prover isso pra elas. A gente também está muito feliz em poder mostrar a essas crianças um novo esporte, nós gostamos de futebol também, mas não só de futebol vive a nossa cultura. Queremos integrar cada vez mais o nosso esporte nos diversos locais, então é muito importante pra gente a participação dessas crianças e desses jovens aqui”, afirmou. 

Garantia de direitos 
De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, o principal objetivo do Acolhimento Institucional, que integra a Alta Complexidade da PSE, é garantir a proteção integral dos assistidos que tiveram seus vínculos familiares rompidos ou fragilizados, promovendo o respeito às diversidades e favorecendo e/ou resgatando o convívio familiar e comunitário. Já de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente os direitos ao esporte, ao lazer, à cultura e à liberdade. 

Para D.L.S., 12, a oportunidade de entrar em campo com os jogadores foi bastante emocionante. Essa foi a segunda vez que ele assistiu a uma partida de futebol americano e diz ter ficado ansioso quando soube que iria ao estádio para a repetir a experiência. “Eu vim no primeiro dia e aprendi que a gente grita defesa para o time marcar ponto, a bola vem por cima e o outro tem que segurar pra fazer ponto também. Fiquei ansioso pra vir de novo, achei muito bom. Eu gosto de futebol. Gosto de sair com todos os meus amigos, a gente vai à praça, eu jogo de bola, gosto muito”, disse. 

A estudante C.C.B., 13, disse que pretende praticar essa modalidade, já que o achou bastante interessante e legal. Ela diz que teve o primeiro contato através da oportunidade ofertada pela Assistência Social. “Não conhecia o esporte e tive o primeiro contato quando vim com o pessoal mesmo. Achei um esporte muito legal. Acho importante trazer a gente pra essas atividades, porque eu aprendo mais sobre o esporte, principalmente sobre o futebol, que infelizmente ainda é considerado que só homem pode jogar e não é. É importante inserir a mulher nesses ambientes também”, pontuou.