Dia do Feirante: comerciantes relatam histórias de amor e dedicação à profissão

Serviços Urbanos
25/08/2023 14h04

Uma das profissões mais antigas do mundo é sinônimo também de orgulho e exaltação para aqueles que a exercem. Assim, o dia 25 de agosto tornou-se uma data especial para celebrar e reconhecer o impacto social e econômico que os feirantes proporcionam para a cidade, seja qual for o tipo de empreitada. 

Faz parte deste contexto Wanderley Silva. Feirante há aproximadamente 30 anos, ele demonstra conhecer como ninguém a profissão e não esconde o orgulho em poder retirar dela o sustento da família, composta por sua esposa, que divide a banca ao seu lado, e dois filhos. 

“A sensação é muito boa, maravilhosa. Tudo começou com minha mãe, que era marisqueira e, com o passar do tempo, eu conheci minha mulher, que também era feirante na época, e começou a parceria comigo de volta nas feiras. Eu gosto bastante do que faço”, relata Wanderley, que, atualmente, comercializa no bairro Bugio e nos conjuntos Augusto Franco e Castelo Branco. 

Vera Lúcia Cunha também está na profissão há cerca de três décadas e afirma trabalhar sempre com um sorriso no rosto para atrair a clientela. É da venda de pescados na feira livre do conjunto Médici que a também dona de casa garante o sustento dos filhos, relatando com humor e brilho nos olhos a rotina vivida. 

“Pra mim, é uma alegria muito grande. Venho, faço questão de atender bem meus clientes e tem a outra parte boa também que é a convivência com os amigos. Pra mim, trabalhar em feira é luta, mas tem a recompensa também que é poder pagar as contas e dá uma vida melhor pra minha família”, declara Vera. 

A capital sergipana conta atualmente com, aproximadamente, 2.500 feirantes, distribuídos em 29 espaços de comércio ao ar livre, administrados pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).
 
Ao longo dos últimos anos, a gestão municipal tem promovido diversas melhorias que contribuem para o conforto e comodidade, tanto para compradores quanto para seus clientes. Nesta lista, está a padronização dessas áreas que contou com a substituição de toldos, novas barracas e tendas com lonas de proteção.

“Vale salientar que  o horário de montagem também esteve entre os pontos avaliados pela gestão municipal, buscando assegurar a trafegabilidade, principalmente, em locais com grande circulação de veículos, além da reinstalação dos balcões frigoríficos que oferecem aos comerciantes a oportunidade de poder comercializar dentro dos padrões sanitários adequados”, reforça o presidente da Emsurb, Bruno Moraes. 

Com cerca de 23 anos de feira livre, José Lucivaldo comenta que, apesar dos desafios, o ofício que carrega é o que lhe traz alegria e, sobretudo, satisfação em poder gerar sustento para os seus familiares. “É gratificante poder ganhar o pão de cada dia de forma digna. Eu mantenho minha família através daqui, vendendo meu coentro, meu alface, todos os dias aqui na capital sergipana”, compartilha. 

“Comecei vendendo carne no mercado e depois passei pra feira livre, e só aqui no Médici já tenho 30 anos. Me sinto bem no que faço e posso dizer que agora ficou melhor ainda com toda a organização que ajuda a valorizar mais o nosso trabalho”, comenta o feirante João Trindade dos Santos.