A Coordenadoria de Apoio Educacional às Pessoas com Deficiência (COEPD/CAP), ligada à Secretaria Municipal da Educação (Semed), realizou uma panfletagem no Centro, nesta quinta-feira, 21, em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A ação objetivou divulgar o trabalho realizado no CAP, levando conhecimento à população sobre a existência e importância da instituição.
O CAP realiza o trabalho de garantir os direitos da pessoa com deficiência visual, recebendo alunos cegos e com baixa visão. Atualmente, conta com nove professores capacitados em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Cerca de 92 pessoas, da capital e do interior, encontram na instituição a estrutura e atenção que lhes permite recuperar a autoestima, conquistar a autonomia e atingir suas metas profissionais.
Para s coordenadora do CAP, Joana D'arc Meireles, a luta para a inserção de pessoas com deficiência na sociedade é diária, portanto, informar sobre a existência da instituição é de grande importância para a causa.
“Nosso intuito maior é do conhecimento, é que as pessoas saibam que existe o CAP. Para isso, trouxemos um grupo de alunos aqui pro Centro da cidade e vamos sair fazendo a divulgação do nosso trabalho. O dia 21 de setembro é o dia nacional da luta, mas vivemos isso todos os dias”, destaca a coordenadora.
Robyson Guidice é um ex-aluno e atualmente um dos professores do CAP. Aos 15 anos de idade perdeu a visão, vítima de um acidente. Para ele, a instituição foi decisiva em sua vida, resgatando a perspectiva de voltar a acreditar no futuro.
“Quando eu fui informado da existência do instituto, fui conduzido até lá e me matriculei, passei alguns anos na condição de aluno, esse foi um marco que definiu a pessoa e o profissional que sou hoje. Atualmente, trabalho como instrutor de Braille no CAP e a existência desta instituição é fundamental nesse sentido, é algo imprescindível tanto para pessoa cega, quanto para família e a sociedade”, afirma.
O presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe (Adevise), Osvaldo Mascarenhas, que é deficiente visual, também aluno da instituição, explica que o CAP é muito importante na formação dessas pessoas e reforça serem bem-vindos todos os que tenham deficiência visual e se interessem em se matricular no instituto.
“O local apoia as pessoas com deficiência visual, formando para as escolas e universidades também. Contribui para a educação e para a aceitação, porque não é fácil a nossa condição, portanto estamos a disposição de todas as pessoas que tenham problemas visuais e que queiram crescer e aprender”, afirma.
Os cursos oferecidos no CAP são: alfabetização em braille, soroban, orientação e mobilidade, terapia ocupacional, aulas de música, informática, educação física adaptada, estimulação do tato, oficinas de artesanato, produção de material e adaptação em Braile.
A matrícula pode ser realizada durante todo o ano. Para matricular-se, o cidadão deve apresentar um relatório médico detalhando suas limitações visuais e ser avaliado pela equipe do Centro de Apoio. O CAP fica localizado na rua Leonardo Leite, 194, bairro São José, e realiza atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30, e das 13h30 às 17h30.
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