Beneficiários do AME iniciam novo ciclo de preparação para o mercado de trabalho

Nesta terça-feira, 26, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) e da Secretaria da Assistência Social (Semfas), concluiu o quarto ciclo de Oficinas de Preparação para o Mercado de Trabalho para beneficiários do Auxílio Municipal Especial (AME), atendidos pelos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Desta vez participaram 30 famílias atendidas pelo Cras Jardim Esperança, garantindo a ampliação das possibilidades de ingresso ou retorno ao mercado de trabalho. 

O coordenador do Cras, José Alves Neto, destacou a importância da oficina para garantir aos participantes condições de sair da situação de vulnerabilidade. “O intuito é qualificar essas pessoas para que elas voltem ou ingressem no mercado de trabalho e possam recuperar a sua dignidade e deixem de depender desse benefício. A comunidade tem muito interesse e procura bastante esse tipo de qualificação e, por isso, é muito gratificante ver a preocupação da Prefeitura em oferecer esses cursos. Isso mostra que a gestão não quer apenas conceder o benefício como uma emergência, mas em resolver o problema a longo prazo”, acredita. 

Ainda de acordo com José, o Cras Jardim Esperança atende hoje 34 beneficiários do AME, além da comunidade em geral. “O nosso público tem idade entre 18 e 65 anos, mas para formar a turma priorizamos aqueles com idade entre os 20 e os 55 anos, pois estão inseridos numa faixa etária ainda em idade altamente ativa, trabalhisticamente falando. Sabemos o quanto o mercado de trabalho é competitivo e cheio de desafios, então reforçamos sempre com os cidadãos que atendemos a importância de buscar conhecimentos e oportunidades de se qualificar, pois só assim eles desenvolverão oportunidades reais de mudar de vida”, afirma o coordenador.

Essa dificuldade de retornar ao mercado de trabalho é vivida atualmente pela dona de casa Maria Betânia Pereira, de 40 anos, que desde o início da pandemia está desempregada. “E fui mãe nesse período também. Ainda não consegui voltar ao mercado de trabalho, mas depois da oficina eu me sinto mais preparada para me candidatar a uma vaga. Estou mais atualizada, porque com a correria do dia a gente descuida desses conhecimentos, mas depois de hoje venho com um novo olhar. Atualmente eu dependo totalmente do auxílio emergencial, pois tentei investir no setor de beleza, mas vi que não estava dando o retorno que eu esperava. Tenho certeza que com tudo que aprendi hoje em breve estarei de volta ao mercado de trabalho”, confia. 

Sentimento partilhado por Ana Cláudia de Jesus, de 38 anos. “Estou desempregada e espero que agora eu consiga um emprego para me estabilizar. Só o conhecimento oferece isso a gente. Estou parada há quatro anos, mas tenho certeza que essa oficina vai me ajudar muito, pois meu currículo nunca foi bom, nem a minha apresentação nas entrevistas, mas a partir de hoje farei tudo diferente”, afirma.