Casa de Passagem Freitas Brandão promove roda de conversa em alusão ao Setembro Amarelo

Assistência Social e Cidadania
29/09/2023 17h40

A Prefeitura de Aracaju, através da Casa de Passagem Municipal Freitas Brandão, equipamento de Alta Complexidade da Proteção Social Especial (PSE), gerenciado pela Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou na tarde desta sexta-feira, 29, uma roda de conversa em alusão ao Setembro Amarelo, para assistidos e profissionais da unidade de acolhimento para pessoas em situação de rua.

O mês de Setembro é marcado pela campanha de prevenção ao suicídio e o momento de debate, conscientização e reflexão no equipamento da PSE contou com a parceria do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), do Centro de Atendimento Psicosocial (Caps), do Centro de Valorização da Vida (CVV) e de alunos do curso de Direito da Universidade Tiradentes (Unit).

A secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Santana, explica que a roda de conversa é um momento importante de integração, de juntar todos os acolhidos e profissionais para entender as histórias e direcionar os atendimentos.

"Ficamos muito felizes em participar dessas rodas de conversa, porque o Setembro Amarelo traz diversas discussões que são muito pertinentes à população em situação de rua. É um momento que a gente faz avaliação e fica muito feliz por perceber histórias positivas, de quem está aqui e realmente tem vontade de mudar a vida, o seu destino, da sua história", afirmou Simone.

O coordenador da PSE, Edilberto Filho, explica que a roda de conversa faz parte da rotina pedagógica da Casa de Passagem, organizada pela coordenação, equipe técnica, cuidadores e educadores sociais.

"É uma grande roda, uma roda de sinergia, de vida, de histórias e esse momento nos traz um significado muito grande, pois estamos fechando o mês alusivo ao Setembro Amarelo, comemorando e exalando vida. Acima de tudo nós temos a participação efetiva do nosso acolhido, foram eles que pediram a temática, conduziram a proposta pedagógica e puderam falar, contar e apresentar a história de vida para mais uma vez celebrar a vida", disse Edilberto.

A coordenadora da Casa de Passagem Freitas Brandão, Kelly Teles, afirma que a valorização da vida durante a tarde desta sexta-feira, 29, não é apenas uma culminância, perpassa por todas as atividades feitas pela unidade, não só esse mês, mas durante todo o ano.

"É o cuidado com a saúde para acompanhamento de cirurgias, de exames, o cuidado de encaminhar para o Caps, o cuidado de ouvir, a escuta é muito importante, as pessoas que estão na solidão, que vêm da situação de rua se sentem muito sozinhas, fortalecendo esse processo de individualidade, construindo rotinas com elas, então é extremamente importante a culminância do Setembro Amarelo pra valorizar a vida e dizer 'sim, é possível seguir' e nós estamos aqui pra dar todo esse apoio", pontua Kelly.

Convidado para conversar com os assistidos da Casa de Passagem, o jornalista Anderson Barbosa conta que é um momento muito especial de conhecer essas histórias, que muitas vezes são invisíveis para parte da sociedade.

"Enquanto comunicadores temos essa missão de ser essa ponte com a sociedade, mostrar que eles têm uma história, que são cidadãos e precisam assumir o protagonismo que cada um tem, que às vezes a sociedade acaba invisibilizando. Foi um momento de conhecer um pouco mais o trabalho do próprio Freitas Brandão, foi muito bom e espero que muitas boas notícias saiam daqui, tenho certeza que no olhar de cada um a gente vê a esperança e a vontade de querer ser produtivo, de mostrar pra sociedade que eles tyem valor", enfatizou Anderson.

Assistido pela casa de passagem há 45 dias, Ailson Bonfim agradece ao acompanhamento que tem recebido durante o período de acolhimento para superar um momento difícil na vida. "Pra mim foi muito importante, não só pra mim, mas acho que pra todos aqui, uma tarde que trouxe reflexão sobre a vida, sobre suicídio, sobre depressão, que muitas vezes a gente vem passando, momentos difíceis. Todas as pessoas que vieram, cada um de uma forma contribuiu, um da parte judicial, um da parte do Caps que é saúde mental, mas no final todos têm a mesma intenção, que é o cuidado com o ser humano. Só tenho a agradecer à casa e a toda a coordenação", finalizou.