Prefeitura celebra dia nacional do agente comunitário de saúde e agente de endemias

Saúde
04/10/2023 16h30

Nesta quarta-feira, 4, é comemorado o Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde e do Agente de Combate às Endemias, essenciais para a efetivação dos serviços de Atenção Básica e Vigilância em Saúde nos territórios. Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ressalta a importância desses profissionais que, a partir de um trabalho integrado, identificam problemas de saúde e planejam estratégias de intervenção clínica e sanitária em todas as oito regiões de saúde da cidade.

De acordo com a coordenadora dos Agentes Comunitários de Saúde, Nádia de Assis Leite, o trabalho desse grupo de profissionais é fundamental para a população. “Eles trabalham com o perfil demográfico, passam informações inerentes a sua equipe, como funciona o atendimento do médico e do enfermeiro e todos os serviços oferecidos. Os agentes de saúde frequentam as casas de segunda a sexta-feira, e visitam oito domicílios por dia, priorizando visitas às pessoas acamadas, gestantes, diabéticos, hipertensos, etc”, relata.

O município conta com 750 agentes comunitários de saúde e é comum que as famílias considerem o trabalho desse profissional que atua no território como uma maneira de facilitar a resolução de algumas demandas de saúde. Isso não acontece por acaso, já que, de fato, são eles que realizam as visitas ao domicílio para fins de atualização cadastral da família, levando informações importantes sobre o funcionamento da Unidade de Saúde da Família (USF), etc. Além disso, os agentes comunitários de saúde são fundamentais no processo que assegura direitos de acesso aos programas sociais.

Existem grupos prioritários, como acamados, gestantes, puérperas, hipertensos, diabéticos ou pacientes que estejam em tratamento de sífilis, hanseníase e outros agravos que demandam monitoramento. Também ocorre a busca ativa de agravos, vacinação, exames, dentre outros, é o que explica a agente comunitária de saúde Cláudia Regina Souza Santos, que há 18 anos atua nessa função na capital sergipana. Ela explica que neste mês de alerta para o câncer de mama e de colo do útero, está realizando busca ativa de mulheres que não realizaram os exames preventivos nos últimos três anos.

“Diariamente vou às residências para entender o que as pessoas precisam e tentar ajudar. Dessa forma, marco algumas coisas, quando é necessário, e assim realizamos visitas com o médico e enfermeira aos acamados, pessoas restritas ao lar. O nosso trabalho é importante porque em alguns casos, se eu como agente de saúde não informar a unidade sobre aquele usuário, ele não chega até lá, pois mora sozinho ou distante. No momento, estamos fazendo a busca ativa de mulheres que estão com exame de lâmina atrasado e também de crianças que estão com a vacinação atrasada”, relata Cláudia, que faz parte da equipe da UFS Santa Terezinha, localizada no Robalo.

Agentes de endemias
Por outro lado, os agentes de endemias também cumprem funções estratégicas de combate e controle de doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Atualmente, 186 agentes realizam visitas domiciliares de monitoramento e inspeção a cada dois meses, além de promover educação em saúde.

A supervisora da 2ª região, onde estão contemplados os bairros Atalaia, Farolândia, Marivan e São Conrado, Edjeane Scarlet Figueiredo Gomes, destaca o trabalho cotidiano dos agentes de endemias.

“O nosso trabalho é de educar, eliminar e, se necessário, tratar. De casa em casa, nós enfatizamos o cuidado que é preciso ter com possíveis criadouros, porque sabemos que a informação acaba se tornando mais importante do que o produto químico. Assim, conversando com os moradores, informamos os potenciais criadouros para que possam eliminar e apresentamos a melhor forma de manutenção daquele depósito”, disse.

A supervisora explica ainda que há demandas encaminhadas pela sociedade a partir da ouvidoria da Saúde de Aracaju, ou seja, quando o usuário envia uma solicitação por meio do número 0800 729 3534, sobre possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. São os supervisores que acolhem essas demandas e encaminham para os profissionais que atuam na localidade.