Na Farolândia, Prefeitura informa moradores e comerciantes sobre a instalação de ecoponto

Serviços Urbanos
06/10/2023 17h10

O bairro Farolândia está entre as localidades da capital que passarão a dispor de uma Estação de Entrega Voluntária de Resíduos Sólidos (Ecoponto) muito em breve. Para que a comunidade conheça mais sobre esta ferramenta de combate ao descarte irregular e que estimula a coleta de recicláveis, a partir desta sexta-feira, 6, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) leva equipes de educação ambiental até a região, com o objetivo de apresentar aos moradores e comerciantes as principais informações acerca do funcionamento e dos materiais recebidos por estas unidades.

As estações dos ecopontos não recebem resíduos orgânicos, hospitalares ou industriais. Por isso, não geram mau cheiro nem atraem ratos, baratas, moscas ou outros insetos. No caso específico da Farolândia, um dado fundamental contribuiu para que o bairro entrasse na lista de localidades onde os ecopontos estão sendo disponibilizados: o alto volume de lixo registrado no exato local onde está sendo construída a unidade.

“Para se ter uma ideia da quantidade de lixo que é depositada no local, só este ano, até setembro, foram recolhidas 233 toneladas de resíduos, entre entulho e volumosos. Para acabar com esta realidade, é preciso que a população esteja engajada junto com a gestão municipal, o que buscamos, justamente, com esta visita feita pelos nossos educadores ambientais”, salienta o presidente da Emsurb, Bruno Moraes.

No total, 12 jovens educadores ambientais da Emsurb participam da iniciativa de hoje, que deve durar até a próxima quarta-feira, 11, conforme previsão da Diretoria de Operações (Dirop). A cada parada, eles ouvem, esclarecem e fornecem material explicativo, deixando claro o que pode ou não ser descartado nessas estações, cuja implementação envolve estudos técnicos e um monitoramento regular de locais com alto índice de descarte inadequado.

População consciente
O condomínio onde mora Paulo Alexandre de Freitas foi um dos pontos de parada dos agentes ambientais. Apesar de ter se mudado há apenas um ano e meio para a localidade, o aposentado diz que presencia com frequência o descarte de sobras de materiais de construção na rua onde reside e, assim, aguarda com expectativa a chegada do novo ecoponto.  

“Tudo que se faz em prol da comunidade, a gente tem mais é que aprovar. Aqui onde eu moro, as pessoas próximas a mim, os meus vizinhos, ninguém tem o que reclamar. A gente sabe que a Prefeitura faz a parte dela e, muitas vezes, o que falta é o próprio ser humano se conscientizar. Como vai ser bem aqui próximo, espero que este ecoponto ajude para que a gente possa viver em um bairro ainda mais limpo”, comenta.

Sandra Oliveira trabalha fornecendo marmitas e seu estabelecimento fica a algumas quadras de onde o novo ecoponto está sendo erguido. Junto com a filha, ela conta que sempre tinha dúvidas sobre onde poderia fazer o depósito correto de itens eletrônicos. “Pilha mesmo, a gente não fazia ideia de onde colocar e, agora, já vamos saber o local exato. Pra questão do descarte irregular, acredito que vai melhorar bastante também. Infelizmente, em todo canto, sempre tem aqueles que acabam fazendo isso”, expõe a comerciante.

“É uma iniciativa muito boa porque, pelo menos, vai diminuir lixo nas ruas e vai ter um local certo para esses resíduos. Muitas vezes vejo que as pessoas adoram usar essa desculpa de que não tem lugar adequado. A Prefeitura está de parabéns por mais esse trabalho”, são as palavras de Selma Maria Santos, que mora na Farolândia há 50 anos.

Ecopontos
Os Ecopontos são unidades apropriadas para recolhimento de alguns tipos de resíduos, como restos de construção, respeitando o limite de até 1 metro cúbico (1m³) por gerador. O local aceita também móveis, embalagens, equipamentos eletrônicos, além de podas de árvores. Após a triagem, os resíduos com potencial reciclável são encaminhados a cooperativas parceiras, contribuindo para o sustento de famílias que vivem deste tipo de trabalho. Aqueles que não servirem para fins recicláveis, seguem com destino ao aterro sanitário.