Para a Defesa Civil de Aracaju, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania, o período com baixo volume de acumulado de chuva é destinado, em especial, às ações preventivas e de preparação. Por isso, no mês de setembro, o órgão manteve atenção às demandas da população e cumpriu atendimento a 57 ocorrências na capital.
O secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, Ten Cel Silvio Prado, ressalta que o trabalho é contínuo e visa reforçar medidas que contribuam para tornar Aracaju uma cidade cada vez mais resiliente. "Os dados demonstram a resolutividade do trabalho desenvolvido pela Defesa Civil frente às situações adversas. Todas as ocorrências são atendidas, resguardando, em especial, a vida dos cidadãos. A rápida resposta se soma com as ações preventivas, que são reforçadas nesse período do ano", ressaltou o secretário.
A maior parte dos casos registrados em setembro foram relacionados aos riscos estruturais, somando 42 ocorrências, o que corresponde a 73,68% do total de atendimentos. Das edificações vistoriadas, oito foram interditadas, sendo seis interdições totais e duas parciais. Para outros cinco imóveis houve emissão de notificação.
O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, pontua que nesse período o acumulado de chuva foi de 76 milímetros, com base nos dados do ClimAju. "Apesar de ser um volume baixo, pudemos observar que superou a média histórica, que é de 69mm. A maior incidência de precipitações foi constatada no bairro Centro, porém em um volume que não gera impactos significativos na capital", pontuou.
Além disso, a Defesa Civil atuou de maneira integrada com os demais órgãos da gestão municipal para eliminar riscos em áreas vulneráveis, como foi o caso da supressão de árvores com risco de queda. "Com base no monitoramento e mapeamento das áreas de risco, realizado pelo órgão, indicamos e coordenamos a supressão de três árvores com risco de queda. A ação foi realizada de maneira integrada com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb)", frisou o coordenador da Defesa Civil de Aracaju.
Nesse mês também ocorreu a segunda fase do Mapeamento Participativo que, em conjunto com os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), amplia o diálogo sobre as áreas de risco existentes na comunidade, para atualização do Plano de Contingência da capital. "Promovemos um encontro entre a Defesa Civil, Nupdec Jabotiana e moradores do Aloque, em especial pescadores da região. Foi um diálogo muito produtivo, que contribuiu para o aprimoramento de informações pertinentes à dinâmica do sistema hídrico da região", considerou Robson Rabelo.
Risco estrutural
A identificação de riscos estruturais, como indícios de risco de desabamento, deve passar por uma avaliação técnica, realizada por profissionais capacitados. Mas é importante que a população esteja atenta aos sinais de anormalidade, como rachaduras , inclinação de parede, afundamentos de piso, aparecimento de cupins e umidade na madeira do telhado.
O coordenador da Defesa Civil reforça que é importante realizar periodicamente a manutenção no imóvel e diante de qualquer sinal de anormalidade, acionar um profissional. "Podem ocorrer alterações estruturais em virtude da ação do tempo, impacto em razão de fenômenos naturais, falhas construtivas, entre outros fatores. Por isso, é importante estar atento e fazer as correções necessárias o quanto antes", indicou Robson Rabelo.
Caso sejam identificadas situações que representem riscos evidentes é importante buscar local seguro e acionar a Defesa Civil através do número 199, que funciona 24h para atendimento à população.
