Através do Meliponário, Prefeitura promove educação ambiental e melhorias na biodiversidade

Agência Aracaju de Notícias
09/11/2023 16h00

Quem visita o Parque Augusto Franco, mais conhecido como Parque da Sementeira, em algum momento já se deparou com a grande estátua de uma abelha. Ela fica na entrada do Horto Municipal do parque, onde também fica o Meliponário de Aracaju, local em que os visitantes podem conhecer mais sobre as abelhas que não possuem ferrão. O lugar é administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) e tem exercido a importante função de levar a conscientização sobre a importância das abelhas, bem como promover melhorias e a conservação da biodiversidade.

Constantemente são realizadas visitas guiadas, ocasiões em que tanto a população, quanto alunos de escolas públicas e particulares, passam a conhecer mais sobre as abelhas. Essas visitas contam também com momento lúdico no qual as informações são passadas de forma teatral. Ao todo, oito espécies podem ser encontradas no local: uruçu, uruçu-nordestina, moça branca, iraí, jataí, mandaçaia, mirim e mandaguari. Para a coordenadora de Educação Ambiental da Sema, Paula Alves, a principal função do meliponário é sensibilizar as pessoas, principalmente as crianças.

“A gente realiza um trabalho muito lúdico, a fim de que elas entendam a importância dessa espécie para a qualidade de vida, para a nossa alimentação, e a necessidade da preservação desses insetos nos dias de hoje”, disse. Os visitantes são convidados a conhecer as colmeias e ver como é a estrutura por dentro. A produção de mel não é comercializada para o público, servindo apenas de alimento para as próprias abelhas.

Por meio de um convênio com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a direção do meliponário costuma fazer agendamento prévio para que os alunos possam visitar e serem acompanhados por profissionais, que irão dar as instruções e explicar o funcionamento do espaço de forma mais específica. “Já a população em geral não precisa agendar, só precisa obedecer o horário de expediente, para que o visitante possa ser acompanhado, porque algumas pessoas ainda têm um certo receio de abelhas, acham que vão machucar. Então a gente explica, mostra, exemplifica, através desse acompanhamento guiado”, explicou Paula Alves.

Abelhas do Meliponário
Durante as visitas guiadas, os visitantes podem conhecer as diferentes espécies e entender como funcionam as colmeias, além da própria organização social e a divisão de trabalho das abelhas. Segundo o analista ambiental da Sema, Luciano de Góis, o local é imprescindível para manter a biodiversidade. “O meliponário também ajuda a repovoar o próprio Parque da Sementeira. As abelhas são muito importantes na natureza, principalmente por uma questão de ajudar a várias espécies de plantas a se reproduzirem. Tem plantas que só se reproduzem com determinadas abelhas, como é o caso do maracujá. Então se essa abelha acabar sumindo da natureza, aquela planta não vai conseguir se reproduzir, provocando uma extinção de espécies”, afirmou.

O local possui, atualmente, 19 colmeias que são criadas em caixas de madeira artificial e três fora do espaço, no parque, em troncos de árvores. Elas se alimentam do néctar e do pólen que conseguem das flores, levando para a colmeia, onde fabricam o mel, que serve de alimento para elas, principalmente como estocagem de energia para épocas de escassez de flores. “O meliponário é de fundamental importância porque muitas pessoas não conhecem a abelha sem ferrão. É de grande relevância a gente estimular a criação de espaço como esse para as pessoas terem um maior contato com a natureza. Quanto mais as pessoas conhecerem, mais elas vão amar a natureza, e mais facilmente vamos conservar esses recursos naturais”, afirmou.

Lidiane Pereira Barros, professora da Escola Municipal Ensino Fundamental Presidente Tancredo Neves, esteve no local com os seus alunos e adorou a experiência. “O meliponário é importante para levar às crianças, enquanto ainda são pequenininhos, mais consciência sobre a natureza. Especificamente falando sobre as abelhas, eles estão aprendendo sobre as espécies e como elas fazem o néctar, o cuidado que elas têm com a flor e até onde elas vão para se alimentar. É uma experiência em que elas saem de dentro da escola e ampliam mais os conhecimentos”, declarou.