Dia da Sergipanidade: alunos da Emef Otília de Araújo Macêdo visitam Museu da Gente

Educação
24/10/2023 16h41

Com o Dia da Sergipanidade comemorado neste 24 de outubro, 45 estudantes do 4° ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Otília de Araújo Macêdo tiveram uma tarde para lá de especial: uma imersão na cultura sergipana a partir de uma visita ao Museu da Gente Sergipana. 

O passeio foi marcado pela participação em oficina sobre as obras de Beto Pezão, artista sergipano reconhecido no universo da modelagem do barro, famoso por suas esculturas com pés grandes. Na ação, após apresentação de videoaula sobre a arte em questão, os alunos puderam colocar a mão na massa e esculpir peças de argila inspiradas nas de Pezão. Envolvida com o processo, a criançada teve contato com o mundo artístico e cultural do estado, um momento que ficará marcado na memória e que pode vir a ser o pontapé para futuros artistas da escola.

Empolgada e realizada com a iniciativa, a diretora da Emef Otília, Silvana Silva, explica que os alunos presentes na programação foram sorteados a partir do nível de aprendizagem de cada um, como uma forma de incentivar o estudo a partir de recompensas divertidas e pedagógicas ao mesmo tempo. 

“Quanto maior o nível que eles vão alcançando, mais vão ganhando uma vantagem para sair um pouco em parcerias educativas. E, hoje sendo o Dia da Sergipanidade, nossa intenção foi trazê-los ao museu e comemorar esse dia. Muitas vezes esses alunos não têm muito contato com essa cultura, com o folclore e com o artesanato. Então, foi um presente e uma grande oportunidade eles estarem participando dessa oficina com argila sobre Beto Pezão, que é um dos ícones da nossa sergipanidade”, explica. 

“No dia a dia da escola, nós trabalhamos muito essa questão do folclore, com a arte e com a cultura. Nós pautamos um pouquinho do que é nacional, mas damos preferência pelo sergipano para identificar e fazer e valorizar a nossa sergipanidade, o nosso estado e a nossa cultura. Afinal de contas, Sergipe é o único estado que tem 33 atividades folclóricas em atividade. Ou seja, precisamos falar e mostrar toda essa nossa cultura”, destaca a diretora.

O coordenador pedagógico da Emef Otília, Alessandro Félix, frisa que é importante tirar as crianças do lugar a que estão acostumadas, que é a sala de aula, e levá-las para atividades que enriquecem culturalmente e despertam interesse para aspectos regionais.

“Trazê-los aqui no museu faz com que eles consigam viver uma experiência enriquecedora e de curiosidades. São momentos que, talvez, eles não conseguiriam viver sem a escola. Hoje, com a visita ao museu, nós percebemos o olhar deles para a caatinga, a vegetação, os animais e a parte cultural. E é isso que as crianças precisam. Elas têm que vivenciar, ter mais esse contato com a questão regional e cultural sergipana, já que, muitas vezes, ficam à margem, dentro de casa, e não têm essa possibilidade de conhecimento”, observa.

Aprendizado
 
A aluna Júlia Maria Arcanjo se mostrou surpresa com a atividade proposta pela escola. “Eu estou conseguindo fazer várias molduras, várias arquiteturas e artes. É bem divertido porque eu estou me sentindo uma pessoa artista. Eu não esperava que a gente fosse mexer em argila, achei que a gente ia ficar só vendo as coisas do museu. Estou muito feliz de estar sendo tão legal assim”, diz. 

Maria Eduarda Figueiredo também foi surpreendida com a oportunidade de pegar na argila e esculpir uma obra. “Eu amei estar mexendo nessa arte porque eu quero muito ser arquiteta e, para mim, isso aqui é um projeto. Eu esperava que a gente só fosse olhar as obras e voltar para escola, mas estamos mexendo e fazendo esculturas. Eu quero muito ter mais tardes assim, quero mexer mais em argila e massas porque é muito bom”, afirma.

O aluno Kaique Lenon Santos demonstrou desejo de participar de mais atividades como a desta tarde. “É muito legal, é uma experiência muito boa. A argila parece massinha, é muito divertido e eu estou gostando muito. Eu nunca tinha mexido nessas coisas antes, mas gostei e quero fazer de novo”, fala.