Indo muito além do ensino e aprendizagem, a educação de qualidade trabalha também com questões essenciais no processo educativo. Neste sentido, a saúde nutritiva dos estudantes é uma das mais importantes nesse quesito. Para que haja essa assistência nutricional da comunidade escolar, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), disponibiliza através da Coordenadoria de Alimentação Escolar (Coae) profissionais que planejam e desenvolvem ações que garantem a boa nutrição dos alunos, além de analisar e fiscalizar todo o processo que envolve a merenda escolar.
Sendo uma das atividades obrigatórias do nutricionista que trabalha no âmbito escolar, o planejamento da avaliação nutricional é construído no ano anterior ao que irá ser colocado em prática. A coordenadora e responsável técnica por esse serviço na Semed, a nutricionista Larissa Coelho, informa que a justificativa para o trabalho é a necessidade de se ter esses dados nutricionais para o desenvolvimento de ações específicas que irão tratar e melhorar casos que necessitem da intervenção.
“A nutricionista da Coae entra em contato com as escolas e pede uma lista com, no mínimo, duas turmas com o nome dos alunos e a data de nascimento, marcando o melhor dia para aferir o peso e a altura deles. Com as informações, é feito uma análise daqueles alunos que apresentaram diagnóstico nutricional de magreza, sobrepeso e obesidade. Após isso, a nutricionista encaminha um formulário para as escolas com o nome dos estudantes, informando o resultado e solicitando que os pais procurem a equipe de saúde na intenção de reverter o quadro de saúde dos seus filhos”, explica.
Em situações na qual o aluno apresente algum problema nutricional indicado, a Coae se responsabiliza pelo encaminhamento do diagnóstico e do pedido para os familiares procurarem ajuda médica. No entanto, os pais ou responsáveis devem estar cientes de que, após o conhecimento da avaliação, são eles que devem buscar formas de tratamento e se prontificar aos cuidados necessários.
“A gente direciona como orientação para os pais. Fica sob responsabilidade deles tomar as providências ou não. A atividade obrigatória nossa é realizar avaliação nutricional todos os anos. Assim, os resultados nos norteiam para planejamento da educação nutricional. Normalmente, são poucos os alunos que apresentam algum risco nutricional. Portanto, é de forma pontual que fazemos o encaminhamento”, ressalta a coordenadora.
A nutricionista também explica que a cada ano uma etapa de ensino é escolhida para ser submetida a avaliação. Este ano, a escolhida foi o ensino fundamental em seus anos inciais (1° ao 5° ano).
“Sendo no mínimo duas turmas por escolas, foi feita essa coleta dos dados e colocados em uma tabela, avaliando como um índice antropométrico, que vai expressar a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. E é esse processo que vai identificar o excesso de peso entre as crianças. Essa análise é importante porque, uma das vantagens da avaliação do Índice de Massa Corporal [IMC] é que ele é um índice que poderá ser utilizado em outras fases do curso da vida. E é justamente por isso que a gente utiliza esse índice”, detalha.
