Clube de Corrida do Academia da Cidade é mais um convite a estilo de vida de qualidade

Saúde
13/12/2023 10h25

Depois de criado, o Clube de Corrida do Programa Academia da Cidade está há quatro meses ganhando força e incentivando pessoas de diversas idades a saírem do sedentarismo e dedicarem um tempo para cuidar da saúde e, de quebra, participarem de momentos de lazer em grupo. Foi exatamente esse o objetivo da Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ao desenvolver mais uma modalidade esportiva dentro do programa.

Os treinos do clube acontecem três vezes por semana, sempre às segundas, terças e sextas-feiras, das 14h30 às 15h30, debaixo da ponte do Bairro Industrial. O principal foco, segundo a educadora física Renata Silva, responsável pelo grupo onde ocorrem as atividades, é incentivar o preparo físico e mental, já que muitos não acreditavam concluir uma corrida.

“São 22 alunos, alguns da Academia da Cidade, outros de fora que se interessaram e a gente inseriu nas atividades. Primeiro, é feita uma avaliação, em seguida, um trabalho de preparação física e, também, de respiração para eles entenderem a continuidade da corrida, mantendo a resistência e principalmente acreditando que são capazes. A gente não tem o intuito de formar grandes atletas, mas de modificar a vida deles, enaltecendo a potência de cada um. Temos várias histórias bacanas aqui porque, antes, a maioria não corria e, aos poucos, foi possível mostrar que, intercalando a caminhada e o trote, todos poderiam conseguir correr. Nessa evolução, os alunos estão correndo uma média de 5 km e até criança participa”, conta a professora.

Mesmo com o esposo correndo e participando de competições desde 2017, a costureira Valdinilda Lúcio dos Santos, de 51 anos, conheceu o grupo em uma das visitas que fez à sua Unidade de Saúde da Família. Depois de um mês participando do PAC, aceitou entrar, também, para o clube de corrida.

“Hoje, me considero não mais sedentária e, com a profissão que tenho, apresento problema de circulação muito sério. Faz pouco tempo, meu marido me inscreveu em uma corrida de 5km e eu fiz em 38 minutos, ficando em 15º lugar e, para mim, é uma vitória. Devido a isso, passei a amar a corrida e percebo que as dores das minhas pernas sumiram, durmo melhor e fico ansiosa para que chegue logo o horário de treinar porque me enturmei mesmo”, relata feliz.

Para Maria das Graças de Oliveira Barthmam, de 65 anos, a dor do luto a fez procurar abrigo na atividade física e, há oito meses na Academia da Cidade, o movimento do corpo freou uma depressão. Ela conta que, ao perder a mãe, o ânimo diminuiu e o sofá era um lugar cativo, mas, depois que incluiu a corrida na rotina, algumas coisas mudaram de lugar.

“Quando minha mãe faleceu, fiquei um pouco depressiva. Um dia, resolvi sair para caminhar na Orlinha do Bairro Industrial e passei pelo grupo treinando. Procurei a professora Renata para saber como fazia para participar, fiz o cadastro e comecei. Me senti bem e estou aqui até hoje. Nessa época, estava fazendo exames e o colesterol estava alto, depois do clube, tudo ficou ótimo e eu me sinto muito bem porque o sono melhorou também”, pontua Maria das Graças.

O casal Maria da Conceição, 55 anos, e Gilson Batista, também de 55 anos, trocou a vida pacata após a aposentadoria pelos treinos no clube de corrida. Para ela, o interesse só surgiu com o incentivo do marido. “Foi ele quem me chamou. Ele dizia que já que estávamos em casa sem fazer nada, era melhor entrar para o clube de corrida. Foi quando entrei, em novembro. Ainda estou me adaptando, mas gostando muito. Me sinto mais ativa porque, antes, ficava em casa comendo e assistindo, hoje, sinto o meu desenvolvimento e até o sono melhorar, pois antigamente não dormia bem”, completa.

Já o mecânico industrial aposentado Gilson entrou para o clube de corrida como uma forma de prevenir doenças. Segundo ele, quando viu na TV que pessoas com mais idade que a dele conseguiam correr, pensou que também conseguiria superar os desafios e sair do sedentarismo.

“Quando decidi entrar no clube, o principal motivo foi sair do sedentarismo para não me acomodar em casa e ficar parado. Como não tenho mais atividade no trabalho, porque me aposentei, procurei outro tipo de atividade para fazer. Esse clube de corrida apareceu em uma boa hora, justamente quando dei início à aposentadoria. Assim que vi na televisão pessoas mais velhas participando, gostei do incentivo e entendi que não precisava ficar mais velho e nem doente, assim, acho que consigo durar mais um pouquinho aqui nessa terra”, compartilha Gilson.