Em novembro de 2023, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou a implementação do Ambulatório de Atendimento em Saúde Mental (Ament) com o objetivo principal de ampliar a oferta para a população que necessita do serviço ambulatorial. O equipamento de saúde está localizado no anexo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD III Vida, situado no bairro América.
A Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) realiza atendimento ambulatorial com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais em 14 referências de saúde mental, presentes nas Unidades de Saúde da Família (USFs). Com a implementação do Ament, totalizam-se 15 unidades direcionadas para a especialidade, como explica a coordenadora das referências do Serviço de Atendimento Psicológico (Sapsi) e Ament, Lidiane Rosa.
“O propósito para a criação do ambulatório de saúde mental é aumentar a capacidade de atendimento com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, para diminuir a fila de espera na rede. Além disso, o foco é cuidar mais de perto do usuário a partir de cada competência dos profissionais que compõem a equipe”, declara Lidiane.
Com a chegada do ambulatório, foram somados à equipe de saúde mental ambulatorial mais seis profissionais. Desta forma, atualmente 30 profissionais dedicam-se aos cuidados em saúde mental da população aracajuana. A partir da consolidação do Ament, mais profissionais serão conduzidos para esta modalidade.
O atendimento ambulatorial em saúde mental que ocorre nas USFs e, agora, no Ament, é dedicado ao cuidado de sinais, sintomas e transtornos do indivíduo em direção ao equilíbrio emocional, ao conhecimento sobre si mesmo, a pensar em estratégias para lidar com os gatilhos e conflitos interpessoais, além de auxiliar o usuário no que diz respeito à efetividade e garantia de seus direitos.
Segundo Lidiane Rosa, a principal diferença entre o atendimento ambulatorial de saúde mental nas UFSs, no Ament e nos Caps é que os dois primeiros equipamentos acolhem os casos moderados e leves. Já os Caps mantidos pela gestão municipal, dedicam-se aos atendimentos de casos graves, para pessoas em sofrimento psíquico e transtorno mental mais complexo. Em duas unidades, os atendimentos são voltados para casos decorrentes do uso abusivo de álcool e outras drogas.
"Basicamente, a diferença principal é que tratam níveis de atenção à saúde diferentes. Enquanto no ambulatório de atendimento em saúde mental e nas referências os casos são de sofrimento mental moderado e leve, nos Caps fazemos atendimento de casos graves, a exemplo de tentativa de suicídio, esquizofrenia, uso e abuso de álcool e outras drogas, etc”, explica Lidiane Rosa.
