Aracaju contra a dengue: Semed reforça ações de conscientização e prevenção da doença nas escolas da rede

Educação
01/03/2024 16h51

Com o lançamento da campanha Aracaju contra a dengue, divulgada na quinta-feira, 29, pela Prefeitura de Aracaju, que será desenvolvida por meio de força-tarefa envolvendo diversas pastas do município, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) reforçou suas ações de prevenção e conscientização nas escolas. Nesta sexta-feira, 1°, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) Olavo Bilac e Juscelino Kubistchek desenvolveram com os estudantes atividades lúdicas e pedagógicas sobre o mosquito Aedes aegypti e a contaminação de dengue, contando com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a partir do Programa Saúde na Escola (PSE).

Na parte da manhã, a Emef Olavo Bilac proporcionou aos alunos e pais uma programação diversa, com brincadeiras, palestras, vídeos e oficinas, que prenderam a atenção do público com os ensinamentos em meio à diversão. À frente da direção da Emef Olavo Bilac, Maria Socorro Soares explana as ações desenvolvidas na escola, que decidiu incluir os pais e responsáveis, tendo como o grande objetivo a sensibilização para o combate do mosquito Aedes aegypti.

“Com essas atividades, nós contribuímos para a diminuição dos casos de dengue, zika e chikungunya na nossa cidade. Os pais se envolveram bastante, eles aceitaram todas as atividades, inclusive as lúdicas que os professores propuseram, como jogos, boliche, música, encenações, pinturas e tantas outras. O envolvimento deles foi muito significativo e animador. Agora eles sabem identificar, sabem onde e o que devem evitar, sabem como a dengue se prolifera e, também, identificar os sintomas da doença, caso ela surja, evitando a automedicação e procurando um serviço de saúde”, afirma. 

A professora Aline Kelly Fontes foi uma das responsáveis pelas brincadeiras e atividades que divertiram e conscientizaram os alunos e pais. A docente também destaca a importância das ações, já que desde cedo as crianças acabam levando a informação para dentro de casa. “Cada um leva para sua casa o conhecimento, procurando em casa os focos, conversando com a família e, assim, a gente vai conscientizando a população em geral, mostrando que a responsabilidade é de todo mundo. Como são crianças, a gente precisa trabalhar o lúdico, porque é com a  brincadeira que eles aprendem e se divertem ao mesmo tempo. Na dinâmica de hoje eles  tinham que derrubar o mosquito e faziam a maior festa. Uma outra atividade para eles entenderam mesmo foi apresentando vídeos falando um pouquinho da doença e dos sintomas. Depois disso, fiz o quiz para ver se eles realmente entenderam”, relata.

Atenta às atividades, a aluna Isadora Lima, do 4° ano, aprendeu que a dengue é uma doença perigosa e que é errado se medicar sem passar por um médico. “Eu aprendo que você não pode se medicar por vontade própria, porque você pode alterar sua dengue e pode ir a óbito, que é morrer. Por isso que você precisa sempre deixar os copos com a boca virada para baixo, porque não chega nenhuma água. Eu aprendi tudo isso hoje com a tia, antes eu não sabia”, diz. 

Já no turno da tarde, na Emef Juscelino Kubistchek, o momento de ensinamentos sobre o perigo da dengue e a necessidade de prevenção e cuidados foi direcionado às turmas do primeiro ano dos anos iniciais do ensino fundamental. Reconhecendo a necessidade do reforço na campanha, a diretora da Emef, Karla Góis, descreve a iniciativa como bastante significativa. “Com os ensinamentos, as crianças e os adolescentes acabam se tornando agentes educadores no seio familiar, porque, às vezes, a família não tem acesso à informação ou à educação. Assim, quando o estudante chega cheio de informações dentro de casa, com uma série de conhecimentos que ele vem adquirindo através das campanhas nas escolas, ele passa a ser esse agente multiplicador tanto dentro da casa dele, como em todo o bairro, ampliando os esforços de combate à doença”, analisa. 

Com uma palestra adaptada à linguagem infantil e com a reprodução de vídeos com desenhos animados e pedagógicos, a enfermeira Daiane Tiano, que atua na Saúde da Família e no Programa Saúde na Escola (PSE), foi a palestrante do dia, chamando a atenção dos pequenos. “O intuito da gente é começar a plantar a sementinha desde a criança pequenininha, com isso, vai começar a modificar o comportamento até dos pais, ajudando a gente no combate ao mosquito Aedes. Hoje, por ser uma apresentação às crianças menorzinhas, a gente passa uma coisa mais lúdica, com desenho e música porque prende mais a atenção deles. Ao ensinar as crianças nas escolas, elas acabam virando nossos fiscais da dengue em casa, porque quando ela aprende alguma coisa, ela vai levar para casa. Portanto, é muito interessante e importante a gente modificar o comportamento das crianças, para quando elas chegarem em casa, elas ensinem esse comportamento aos pais e eles aprendam juntos”, ressalta a profissional.