Na semana dedicada a homenagear e reverenciar as conquistas e lutas das mulheres, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), destaca servidoras que se tornaram referência em seus espaços de atuação. Entre a rotina no ambiente de trabalho, elas refletem sobre a data que reconhece a jornada de forma ousada e com a força feminina.
Mariana Silva do Espírito Santo, 33 anos, formada em Direito, foi desafiada a liderar a equipe de Controle Interno da Emsurb há aproximadamente sete anos e a dar continuidade com excelência a um projeto no qual participou diretamente na criação — o canal da Ouvidoria —, que, segundo ela, é um meio de comunicação e apoio ao aracajuano. Diante de tantas demandas, ela falou sobre o sentimento vivenciado ao encarar dois setores essenciais para o funcionamento do órgão municipal.
"Eu sou mulher, jovem e negra. O reconhecimento fez-me realizada como ser humano e não apenas no âmbito profissional, diante das demandas importantes que já executava na Ouvidoria. Confesso que não foi fácil; foi a minha primeira experiência, mas acredito que o princípio de sempre dialogar com os colegas de trabalho é algo que funciona muito bem. Além disso, tive o privilégio de ser acolhida e respeitada por todos os setores da Emsurb, independentemente de ser mulher. Então, uma das minhas maiores conquistas foi o desenvolvimento pessoal", afirmou.
Para Janda Raquel dos Santos Sá, 33 anos, fiscal do Centro Cultural situado no Mercado Thales Ferraz, no centro da cidade, um dos momentos mais desafiadores em trabalhar em uma função onde a predominância é do sexo masculino foi se impor de maneira assertiva e alcançar a autoridade feminina.
"Precisei lidar diariamente com vários perfis de homens, até que eles compreendessem quem eu sou e a função que desempenho. Acredito que o diálogo me levou a ter uma voz mais ativa do que há cinco anos e que a forma única como a mulher lida com as resoluções é algo que realmente transforma o local de trabalho", relatou.
Outra função que Janda realiza é ser mãe. Ela pontua que, apesar dos desafios no início da carreira, foi com o apoio dos colegas de profissão que conseguiu conciliar o trabalho com a criação das duas filhas. "O crescimento veio quando reconheci a importância da adaptação em meio ao grandioso ambiente dos Mercados Centrais de Aracaju. As diferentes situações que as mulheres enfrentam nos dão mais forças para executarmos nossas ações com zelo. Com isso, conquistei a minha independência profissional e humana", disse.
Com 23 anos de casa, a trajetória de Karina Oliveira Costa se confunde com a história da Emsurb. Pedagoga por formação, ela já atuou em diversas diretorias e setores administrativos sempre comunicativa e com a alegria peculiar que alicerça o bom relacionamento com os colegas.
Ela recordou um dos momentos onde foi convidada, pela diretoria da época, a assumir a então criação da Coordenadoria de Desenvolvimento Pessoal. “Um dos projetos importantes com o qual tive o prazer de participar foi a alfabetização dos garis. Não tínhamos muito recursos, mas era muito gratificante ver eles iniciando no mundo das letras, pois muitos não tinham condições nem de assinar a documentação no trabalho”, relembrou emocionada.
Atualmente, na Assessoria de Recursos Humanos Karina comenta que esse foi um dos locais onde se encontrou enquanto profissional, uma vez que desempenha suas atividades com o zelo e cuidado que só o olhar feminino tem.
“A mulher por si só já tem uma natureza mais gentil e acolhedora. Por esta razão, tenho como motivação diária trabalhar sempre com um passo à frente em busca das melhores alternativas para agilizar as demandas trazendo mais qualidade de atendimento aos meus colegas. Cuido deles como se fossem da minha família mesmo. É praticamente um carinho e sentimento materno”, concluiu a servidora.
