Defesa Civil auxilia na atualização do banco de dados federal sobre áreas de risco

Defesa Civil
15/03/2024 20h20

Em terceira visita à capital sergipana, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB), com o acompanhamento da Defesa Civil de Aracaju, órgão que integra a Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), atualiza informações sobre áreas de risco na capital. As atividades ocorrem como parte das pesquisas desenvolvidas em âmbito nacional, para composição do banco de dados do órgão federal. Os trabalhos desenvolvidos ao logo desta semana, contemplaram a verificação de levantamentos do órgão municipal e observações in loco.

Entre os bairros visitados pela equipe estão Porto Dantas, Soledade, Cidade Nova, Bairro América, Lamarão, Santa Maria e Marivan. Foram realizadas inspeções para avaliar possíveis alterações em áreas já classificadas e identificação de novas áreas que possam ter surgido. Os dados serão analisados para composição de documento atualizado.

O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, ressalta que nessa oportunidade, além da atualização de dados é possível nivelar conhecimentos, para alinhar a metodologia de trabalho utilizada em Aracaju com a que é praticada pelo órgão nacional. "Esse é o órgão responsável pelo mapeamento das áreas de risco no Brasil. Todos os mapeamentos realizados por eles tem grande respaldo. Além disso, a interação possibilita o alinhamento de metodologia, com verificação de variáveis consideradas para chegar a classificação de uma determinada área, assim como para definição de tipos de risco atribuído a ela e graus de risco", pontuou.

O pesquisador do SGB, Fernando Cunha, destaca que a última setorização foi realizada em 2018. "O objetivo pelo qual estamos realizando essa revisita em Aracaju é o desenvolvimento da setorização dos riscos identificados anteriormente, assim como para uma atualização dos novos setores que surgiram", salientou o pesquisador.

Cunha acrescenta que o trabalho desenvolvido pela Defesa Civil otimizou a realização do levantamento. "A atualização dos dados dos pontos já visitados previamente pela Defesa Civil, antes da nossa chegada, proporcionou uma melhor dinâmica nessa visita a campo. Foi um apoio fundamental do órgão, que é quem conhece bem a região, as dificuldades e os problemas que são enfrentados", considera.

Segundo o geólogo pesquisador do Serviço Geológico do Brasil, João Souza, a necessidade da Lei 12.608 de 2012, como também o motivo da visita. "Esse mapeamento que a gente realiza, ocorre em consonância com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, Lei 12.608 de 2012, que objetiva subsidiar as tomadas de decisões relacionadas às políticas de ordenamento territorial e de prevenção", indicou.

O membro da Defesa Civil de Aracaju, Bruno Martins, ressalta a importância do mapeamento das áreas de risco. "Foi realizado o mapeamento de algumas áreas que não eram de ciência deles. Visitamos alguns pontos que já eram mapeados pelo município, mas não eram mapeados pelo Serviço Geológico. A importância desse mapeamento é alimentar o banco de dados federal acerca dos setores com risco de deslizamento de terra, principalmente na capital", acrescentou.

As informações são consideradas na promoção de políticas públicas e ações estratégicas para prevenção de riscos e desastres. "Esse é um trabalho fundamental para nortear ações de Defesa Civil, proporcionado maior assertividade", disse o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo.