Serviço de apreensão evita maus tratos e acidentes com animais de grande porte

Agência Aracaju de Notícias
15/04/2024 10h40

Muitos dos animais que aparecem soltos e abandonados nas vias públicas da capital são recolhidos pela Prefeitura de Aracaju. Através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), diuturnamente a gestão realiza uma ronda nas principais localidades da cidade, em especial nas zonas Norte e Sul, fiscalizando e verificando a presença de animais de grande porte soltos pelas ruas. Neste ano, de janeiro até meados de abril, o Centro de Apreensão de Animais, espaço público gerenciado pela Emsurb, já recolheu 252 animais, entre equinos, bovinos e caprinos.

De acordo com o coordenador do Centro de Apreensão de Animais, Isael Freitas Santos, além dos animais identificados pelas rondas, há também os que a própria população denuncia. A apreensão é feita, também, visando combater a soltura irregular, evitar acidentes e deixar os animais de médio e grande porte expostos a situações de maus tratos. O resgate é feito por um caminhão boiadeiro com quatro laçadores, profissionais preparados para fazer esse trabalho.

“Ao chegarem aqui, os animais passam por uma triagem, para verificar se estão sadios ou doentes, com algum ferimento. Os que estão sadios a gente coloca em piquete, um espaço pré-definido na área de pastagem. Os que estão feridos, a gente separa em outro piquete, para que se faça a avaliação médica-veterinária, para entrarem em tratamento. Eles ficam em quarentena”, explicou.

No local, além dos atendimentos médico-veterinários, os animais também são alimentados com água, capim, sal mineral, feno e farelo de trigo.

Resgate e adoção

Os animais apreendidos ficam sob responsabilidade do Centro de Apreensão de Animais por um período de 15 dias, para que os seus respectivos donos possam resgatá-los. Para isso, o proprietário precisa pagar uma taxa no valor de R$ 100,00, mais R$ 60,00 de diária, e se o animal tiver passado por tratamento veterinário, há mais uma taxa de R$ 60,00 relativos aos cuidados com a saúde.

A cobrança é feita mediante a Lei municipal n° 2.380, de 14 de maio de 1996, que pontua sobre o ato de proibição e a consequente apreensão de todo animal solto nas vias e logradouros públicos, com liberação por meio apenas do retorno financeiro referente às despesas com o animal. De janeiro a abril deste ano, 180 animais já foram liberados para os seus donos mediante o pagamento das taxas.

“Em geral os proprietários vêm para resgatar os animais. Muitos que não vêm é porque já abandonaram aquele animal para morrer mesmo, animais que já estão doentes, que ficam vagando nas ruas, e a gente recolhe para o tratamento deles aqui. A gente dá uma vida melhor para esse animal, mais uma expectativa de vida para ele”, disse Isael Freitas.

O trabalhador de depósito de areia Girlan de Jesus Santiago esteve no Centro de Apreensão de Animais na tarde de sexta-feira, dia 12, para resgatar o seu cavalo. “Ele se soltou ontem da baia e foi para a pista. Eu fui pegar o laço, e quando retornei, ele já havia sido resgatado. Então vim hoje aqui para resgatá-lo. Acho esse serviço importante porque evita que os animais fiquem soltos nas vias, e também evita acidentes”, afirmou.

Ao passar o prazo de 15 dias, se o animal não for resgatado, ele automaticamente passa para o sistema de adoção, que é feita apenas para pessoas que moram no interior de Sergipe e que necessitam de um animal para trabalhar. O coordenador do Centro de Apreensão de Animais, Isael Freitas Santos, explica que a adoção não é feita para pessoas da Grande Aracaju (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão), porque geralmente acabam retornando para o Centro de Apreensão de Animais.

“Quem quiser adotar um animal, deve entrar em contato com a Emsurb e preencher um formulário informando que está necessitando de um animal para trabalhar nas terras. Até mesmo para quem tem uma criança que tenha algum problema mental ou motor e que precise de um animal para fazer equoterapia. Esse trabalho que realizamos diariamente e noturnamente é para proteger o animal porque, ocasionando um acidente, ele pode ir a óbito, e aí já é uma perda de um ser. E também para salvar a população, condutores de veículos, até um senhor de idade ou uma criança que se passarem por perto do animal, podem acabar levando um coice acidental, sofrer ferimentos ou mesmo vir a óbito”, declarou Isael Freitas.

Para denunciar algum animal solto na rua, é possível fazer por meio da Ouvidoria da Emsurb, no número (79) 3021-9908, ou pelo telefone / whatsapp (79) 99151-0315. O serviço funciona 24h por dia.