A capital sergipana vem se destacando como uma cidade comprometida com a preservação do meio ambiente e a promoção de práticas sustentáveis. Entre as iniciativas implantadas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), destacam-se as Estações de Entrega Voluntária de Resíduos Sólidos, conhecidas como Ecopontos, que desempenham um papel importante na gestão eficiente dos mais variados resíduos.
Os Ecopontos são verdadeiros centros de recolhimento, recebendo uma ampla variedade de resíduos, desde grandes embalagens até eletrodomésticos, passando por papelão, plástico, metal e até mesmo restos de construção civil, com limite de até 1 m³ por gerador.
De acordo com Bruno Moraes, diretor-presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), em 2023, os Ecopontos da cidade recolheram um total de 4.378,12 toneladas de resíduos, com destaque para os provenientes da construção civil e demolição (3.398,38), bem como itens volumosos como móveis e embalagens (979,73).
Apenas nos primeiros quatro meses deste ano, mais de 1.360,92 toneladas já foram coletadas, evidenciando a relevância e a eficácia desses pontos de entrega voluntária.
Localizações estratégicas
O diretor-presidente conta que, atualmente, a cidade tem seis Ecopontos em pleno funcionamento, de segunda a sábado, das 7h às 12h e das 13h às 17h, distribuídos estrategicamente em diferentes bairros, proporcionando fácil acesso à população.
Os locais incluem os bairros Industrial (esquina da rua Julieta Pereira Alves com a Av. Confiança); Coroa do Meio (rua jornalista João Batista de Santana, nº 2618); Santos Dumont (rua Jane Bonfim, s/nº); 17 de Março (rua vereador Manoel Nunes Resende, s/nº); Inácio Barbosa (rua Júpiter); e Ponto Novo (rua Massaranduba, s/nº).
Além desses, revela o gestor, há obras em andamento, em fase de conclusão, para novos Ecopontos nos bairros Jardim Centenário, 18 do Forte e Jabotiana, ampliando ainda mais a cobertura e a conveniência para os cidadãos.
Mais do que locais para descarte, os Ecopontos, segundo Bruno Moraes, contribuem para o combate à poluição do solo e dos recursos hídricos, além de promover a reutilização por meio da reciclagem, oportunizando geração de renda e trabalho para cooperativas de reciclagem.
“Esses espaços são essenciais para o descarte responsável de uma variedade de materiais inservíveis, que não são de coleta urbana de lixo domiciliar. São poucas cidades que têm esse olhar. Os resíduos de construção civil, como blocos, ferro, concreto, são transformados em material britado, uma alternativa para recuperação de estradas de terra, dentre outros”, diz o gestor.
Ainda segundo o presidente, os resíduos com potencial reciclável são encaminhados às cooperativas parceiras. Já materiais que não servem para fins recicláveis, seguem com destino ao aterro sanitário. “Vale frisar que as estações não recebem resíduos orgânicos, hospitalares ou industriais”, pondera.
Conjunto de serviços
Bruno Moraes salienta que os Ecopontos não são, no entanto, os únicos locais para assegurar descarte sustentável na capital, uma vez que são complementados tanto pelo recolhimento diário da coleta domiciliar quanto por outras opções, como o serviço Cata-Treco e 57 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) que permitem à capital manter a reputação de cidade limpa e avançar na preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
“Ecoponto, PEVs, Cata-Treco, coleta seletiva. Todos esses serviços são sucesso da nossa gestão e fazem parte de um conjunto ou cinturão de ações planejadas, que conseguimos colocar em prática e que hoje são as principais ferramentas da limpeza urbana da nossa cidade. Quando chegamos, em 2017, fizemos todo um planejamento estratégico para análise dos pontos críticos de descarte irregular. Cruzamos dados e começamos a implementar os ecopontos, ampliando sempre que necessário”, afirma.
Responsabilidade ambiental
Por fim, Bruno faz uma reflexão importante sobre a responsabilidade ambiental implementada pela Prefeitura de Aracaju ao longo dos últimos sete anos. "A preservação do meio ambiente é uma discussão atual, urgente, e iniciativas como os Ecopontos oferecem não apenas uma solução prática, mas também um símbolo de compromisso com as gerações futuras. Estamos tentando enraizar uma cultura de educação ambiental", diz.