Residencial Mangabeiras: famílias celebram avanços para realização do sonho da casa própria

Assistência Social e Cidadania
21/05/2024 08h30

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, deu início nesta segunda-feira, 20, aos sorteios das unidades habitacionais para as 1.320 famílias beneficiárias do Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, no âmbito do Pró-Moradia. Seguindo o regulamento do sorteio, os primeiros a terem acesso aos endereços das suas unidades foram as famílias com pessoas com deficiência (PcD). Foi um momento de muita celebração entre os 100 primeiros sorteados, que já conseguem enxergar os novos horizontes de uma vida digna.

Tendo em vista que o público-alvo foram pessoas com deficiência, neste primeiro momento foram sorteadas apenas as unidades térreas. Para os beneficiários, o momento aumentou a expectativa de logo estarem em suas residências. Mais que a conquista da casa própria, essa nova etapa foi marcada pela esperança da realização de um sonho.

“Nós dividimos o público e a cada dia nós vamos estar atendendo cerca de 100 a 150 famílias, respeitando inclusive a forma como eles conviviam na antiga ocupação das mangabeiras, onde eles se dividiam entre equipe A, equipe B, equipe C e equipe D. Da mesma forma como respeitando todas as normativas e regulação de distribuição das casas do projeto Pró-Moradia, que é um programa nacional. A partir desse momento eles têm a convicção, a certeza de que, finalmente, vão receber o bem maior do ser humano, que é a sua habitação”, afirma a secretária da Assistência Social, Rosária Rabêlo.

A partir dos sorteios, que acontecem até o dia 28 de maio, os beneficiários passam a ter conhecimento de rua, número, lote, bloco, e se sua unidade é casa superior ou casa térrea, para posteriormente receberem as chaves das suas residências.

“Só emoção, só alegria. Tudo mil maravilhas, só agradecer a Deus e ao nosso prefeito Edvaldo Nogueira, que sem ele nós não teríamos saído dali. Primeiro a Deus, segundo ele. Agradecer muito a Deus por isso e a todos que trabalharam em prol da gente, o pessoal da Habitação, a todos, sem eles nós também não íamos à frente de jeito nenhum”, falou emocionado, o senhor Carlos Francisco Dias, que esteve na ocupação desde o início e presenciou todos os momentos até a conquista da moradia digna.

Pessoa com deficiência, Bruna Barbosa do Santos sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto ainda vivia na Ocupação Mangabeiras. Hoje, ainda com sequelas, ela celebra a conquista da casa própria adequada às suas necessidades.

“Hoje o meu sentimento é de querer pular, mas não posso, o coração está aqui batendo forte. Estou muito feliz por ter recebido, pelo menos o endereço, já é um avanço. Foi ótimo sair daquela situação, porque a gente vivia entre ratos, baratas e outras coisas. E foi o que me deixou muito doente, estar naquela situação toda, mas graças a Deus hoje, saber que minha casa vai ser adequada a minha situação, é a melhor parte”, disse, feliz.

A dona de casa Viviane Cristina Conceição dos Santos é uma das beneficiárias oriundas do Auxílio Moradia. Mãe de uma criança com deficiência, estava como beneficiária do programa há 13 anos. Para ela, é uma realização não só dela, mas de poder concretizar o sonho do seu filho.

“Hoje vou saber onde será o meu cantinho, eu vou ter a minha casa, poder bater no peito e dizer ‘é minha’. Ninguém toma, eu posso reformar do jeito que eu quiser e fazer do jeito que eu quiser lá dentro, porque é minha. Meu filho tem um sonho, que é o especial. Ele disse que queria que eu pintasse o quarto dele de azul ou de verde, só que eu não podia fazer isso nas casas dos outros. E hoje, graças a Deus, posso dizer que vou poder fazer o que meu filho tanto me pediu. É uma alegria imensa, eu estou com meu coração, falar a verdade, só tem alegria aqui, porque meu filho vai ser assistido com uma casa boa para ele morar, entendeu? Então só é alegria”, conta.

A dona de casa Edilzia Oliveira da Silva demonstrou a todo o momento a felicidade por saber que logo estará recebendo a sua casa própria. Ela relembra os momentos vividos no período em que esteve na ocupação. “Morei cinco anos na Ocupação Mangabeiras. Ali a gente convivia com rato, barata, escorpião, fezes, não tinha saneamento básico, não tinha nada, era tudo improvisado, depois fomos montando os barracos e logo, logo nos tiraram dali. Estou muito feliz, tranquila, graças a Deus”, afirma.