Cuidado especial: em Aracaju, Prefeitura adapta merenda para alunos com restrições alimentares

Agência Aracaju de Notícias
23/05/2024 07h10

Nas escolas da rede municipal de Aracaju, as crianças com algum tipo de alergia, intolerância ou restrição alimentar recebem, diariamente, a merenda com cardápios ajustados conforme as suas necessidades. A alimentação inclusiva e segura nas escolas é um direito de todos, por isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem se preocupado com a garantia da alimentação escolar para esse público.

Atualmente, cerca de 90 alunos da rede municipal são atendidos com alimentação adaptada. Os casos mais comuns são de crianças com intolerância à lactose, alergias a proteínas do leite e do ovo, doença celíaca, diabetes, hipertensão arterial, entre outros. Também fazem parte desse grupo as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seletividade alimentar.

Segundo o coordenador de Alimentação Escolar da Semed, Rafael Silva Fontes, quando as unidades de ensino identificam os alunos e as necessidades específicas, os dados são enviados para a Secretaria, via 1Doc, e posteriormente encaminhados para a empresa terceirizada responsável pela preparação da merenda.

“A empresa fornece o alimento de acordo com as necessidades de cada aluno. Se algum for intolerante à lactose, o alimento que será fornecido para a criança terá em seu preparo o leite sem lactose. Já no caso de alergia à proteína do leite, os alunos recebem um alimento com leite vegetal. Se for alergia à proteína do ovo, então recebem o macarrão sem o ovo. No casos de diabetes e hipertensão, recebem alimentos integrais. Já quando têm sensibilidade ao glúten, recebem uma aveia sem glúten”, explicou.

Crianças autistas fazem parte do grupo de alunos com restrições alimentares, tendo a merenda adaptada a cada caso. De acordo com o coordenador Rafael Fontes, essas crianças são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.

“Terapeuta ocupacional, neuro, nutricionista, psicólogo, e outros profissionais acompanham essas crianças de perto para que se desenvolvam. Em relação à merenda escolar,  não temos um cardápio específico padronizado para todas, pois cada aluno pode apresentar uma condição diferente. Às vezes uma fruta vem cortada, mas por terem sensibilidade no tato, alguns alunos acabam rejeitando. Então também são feitas adaptações para cada criança na escola para que elas se alimentem”, disse.

Ainda segundo o coordenador, essa preocupação da administração municipal em adaptar a merenda para os alunos com necessidades alimentares especiais é de fundamental importância para o desenvolvimento delas. “A alimentação é um direito de todos os alunos, por isso essas adaptações são necessárias. Temos todo o cuidado de proceder dessa forma, porque não se trata apenas de alimentar, mas de nutrir”, afirmou.

Alimentação adaptada nas escolas

Unidade de ensino recém-inaugurada, a Emei Júlio Prado Vasconcelos, localizada no bairro São Conrado, tem feito o trabalho de identificar os alunos com restrições alimentares, e adaptado a merenda. A diretora Goreti Barros explica como se dá todo o processo na escola.

“Quando fazemos matrícula, é feito um levantamento para saber sobre o que a criança pode comer, se tem alguma intolerância a algum alimento. A gente passa esses dados para o pessoal da cozinha, para que seja feita toda a adaptação. E também enviamos para a Semed, para que a Secretaria nos envie o alimento adequado a esses alunos. É isso que a gente precisa, dar ao aluno o que ele necessita para que tenha uma primeira infância e que dê tudo certo na questão da saúde alimentar. Todo esse aparato faz com que a criança siga com saúde física e mental”, disse.

A supervisora da alimentação na Emei Júlio Prado Vasconcelos, Rosângela Rocha, que trabalha na empresa terceirizada de preparo dos alimentos, destaca que a adaptação da merenda às crianças com alguma necessidade alimentar especial é uma forma de inclusão.

“É importante porque a gente vai fazer a inclusão e eles vão ter direito à mesma alimentação. Porque quem tem essas patologias geralmente são seletivos. Então a gente faz a adaptação de acordo com a preferência, para que ele tenha uma alimentação adequada e inclusiva com todos os outros alunos”, afirmou.