Ao final do mês passado, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, por meio da assinatura do decreto de nº 1.691, bem como da sanção da lei nº 3.552, tornou ainda mais abrangente a ação da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) no combate à dengue. A partir de então - entre outras novidades - os agentes de saúde autorizados pelo poder público passam a ter o direito de adentrar em imóveis fechados e abandonados onde há suspeita de focos do Aedes Aegypti. Um exemplo claro da importância dessa iniciativa pôde ser constatado na manhã de hoje, quarta-feira.
Agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), acompanhados por representantes do Ministério Público de Sergipe (MPSE), após receberem denúncias, foram até a avenida Rio Branco, no Centro, e ingressaram em duas residências abandonadas à procura de possíveis focos do mosquito. "Amparados pelo decreto, trouxemos aqui os agentes de endemias para que eles façam a busca de focos e o tratamento necessário", explicou a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Taíse Cavalcante, presente no momento da visita.
Um dos imóveis apresentava boa parte do telhado danificado, permitindo que a laje ficasse totalmente vulnerável ao acúmulo de água em caso de chuva. E como na última segunda-feira choveu bastante na capital sergipana, o cenário não poderia ser outro: água limpa e parada por todos os lados. A quantidade era tão significativa que um estabelecimento comercial vizinho à residência já apresentava infiltrações nas paredes.
Apesar do ambiente propício, a ação rápida do poder público impediu que novos casos de dengue viessem a surgir na localidade. "Devido ao curto tempo de água acumulada não encontramos focos, mas é um local que, se não fosse observado e tratado com larvicida, poderia perfeitamente favorecer o aparecimento do mosquito", ressaltou Taíse Cavalcante.
Conforme o perito do Ministério Público, Bosco Franco, mais imóveis nas mesmas condições serão visitados nos próximos dias. "Estamos aproveitando essa autorização que a lei nos dá para continuar identificando os imóveis abandonados e fazendo as vistorias para ver se têm focos", afirma Bosco, lembrando o procedimento que antecede as vistorias. "Primeiramente entramos em contato com o proprietário para avisarmos que estamos indo. Até o momento eles não estão apresentando resistência", disse Franco.
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