Palestra sobre álcool e drogas encerra nesta sexta programação da Semana de Luta Antimanicomial

Saúde
21/05/2009 18h53

Estratégias de políticas públicas para o cuidado em álcool e drogas e o olhar mais humano acerca do tema continuam em debate durante a Semana de Luta Antimanicomial. A programação, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Aracaju, termina nesta sexta, 22, no auditório do Banese, com o seminário 'O perfil e os caminhos do usuário de álcool e drogas (AD)'. O palestrante será o consultor em AD do Ministério da Saúde, Décio Castro Alves. O seminário contará ainda com a presença de representantes do Ministério Público Estadual.

Na manhã desta quinta-feira, 21, a SMS, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Reap), encerrou a maratona de exibições do filme ‘Meu nome não é Johnny´. Depois de ser exibido em todos os seis Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Aracaju, o longa-metragem foi apresentado no auditório do Instituto Luciano Barreto Júnior para adolescentes de escolas públicas, profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O debate foi aberto pelo secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, e a facilitadora das discussões foi a psiquiatra Sheyla Bastos.

Sinopse

Baseado em uma história real, o filme 'Meu nome não é Johnny' foi escolhido por abordar as várias variantes sociais do uso das drogas. "O filme provoca o debate sobre o uso reacreativo da droga, sem maiores agravos à saúde, e também sobre o uso continuado e sem controle, que tem levado os jovens a se tornar dependentes químicos", analisa Sheyla Bastos.

O personagem central do filme é um jovem carioca de classe média alta, João Guilherme, que fazia uso recreativo de cocaína, numa tentativa de aliviar as angústias da vida. João Guilherme acabou se transformando em traficante. No início dos anos 90, a mídia se referia ao jovem como o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. "Ele traficou para sustentar a própria dependência", diz Sheyla.

No filme, João Guilherme é investigado e passa dois anos em um manicomio judiciário. Após a prisão, ele consegue abandonar as drogas e retoma sua vida, tornando-se produtor musical. O drama revela sonhos e dramas comuns à juventude. O filme brasileiro de 2008 é dirigido pelo cineastra Mauro Lima.