Com o objetivo de ampliar a oferta de exames de genotipagem às pessoas convivendo com HIV/Aids em Sergipe, gestores em saúde, especialistas e representantes de laboratórios estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira, 5. A reunião aconteceu na sala do Núcleo de Gestão e Cuidado do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar/Aracaju), no bairro Siqueira Campos.
O encontro serviu para definir a atuação e a responsabilidade do município e do estado no tratamento da doença e na oferta do exame de genotipagem, através do qual, a partir de uma amostra de sangue, é avaliada a resistência aos anti-retrovirais, coqueteis usados para conter o avanço da carga viral de HIV nos pacientes soropositivos. "Com o tempo de tratamento, o paciente pode sofrer falhas terapêuticas, por isso torna-se necessário fazer o exame para que se indique um tratamento mais satisfatório", explicou a gerente do SAE/HIV/Aids, Eliana Chagas.
De acordo com ela, atualmente o exame de genotipagem é realizado somente uma vez por mês, no Cemar Siqueira Campos, e o material coletado é enviado para o laboratório da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para análise. "Porém, o número de pacientes a procura do exame tem crescido. Por conta disso, esse exame deve ser realizado pelo menos duas vezes ao mês", afirmou. Durante a reunião, ficou estabelecido que a partir do próximo dia 15 de março o processo de ampliação da coleta do material para o exame já estará em andamento no Cemar do bairro Siqueira Campos.Para o coordenador municipal do Programa Municipal DST/Aids e Hepatites Virais, Andrey Lemos, a ampliação da oferta do exame tem sido uma preocupação constante. "Estamos sempre atentos às questões que envolvem a efetivação da assistência dada aos pacientes que convivem com o vírus HIV. Uma reunião como essa é importante porque avalia a dificuldade sentida no acesso aos exames de genotipagem e determina os papéis do Estado e município no sentido de ampliar essa oferta", disse.
