A secretária Municipal da Defesa Social e da Cidadania, Georlize Teles, esteve presente, nesta sexta, 5, no encerramento do Congresso Família, Gênero e Concretização dos Direitos Humanos. A gestora representou a Prefeitura de Aracaju no evento que mobilizou por três dias membros de diversos setores públicos estaduais, municipais, sociedade civil organizada, estudantes, profissionais liberais no debate de questões como violência contra a mulher, a criança, o adolescente e o idoso.
Conferências, mesas redondas e minicursos foram os instrumentos utilizados para discutir assuntos como relações homoafetivas, a realidade de famílias em situação de violência, a política de atendimento à criança e ao adolescente, o enfrentamento à violência contra a mulher e o trabalho infantil. Mais de 500 pessoas, entre convidados e congressitas, participaram ativamente do debate.
"Nós terminamos os trabalhos deste congresso muito felizes, porque a proposta era concretização e efetivação dos direitos já conquistados pela mulher, pela criança, pelo idoso, pelo adolescente, enfim, os direitos conquistados pela família junto à sociedade. Durante estes dias, chegamos a conclusão de que é com o fortalecimento e a integração da rede, bem como com a propagação do conhecimento, através da educação, que vamos conseguir mudar este estado de coisa. Não é mais possível que nós vejamos mulheres violentadas pelos companheiros dentro do seu próprio lar, vendo crianças e adolescentes sendo abusados ou explorados sexualmente por aqueles que deveriam cuidar, idosos sendo destratados dentro da sua família. Só estas duas coisas é que poderão libertar a sociedade dessa violência que se tornou epidêmica e que faz mal a todos. O balanço final é que todos perceberam que de fato o lar é um lugar de afeto e de amor", apontou Georlize Teles, que foi uma das organizadoras gerais do evento.
Carta aos gestores: construção coletiva
Como ação concreta, a comissão organizadora propôs no encerramento a todos os congressistas a elaboração de uma Carta aos Gestores que, de acordo com Georlize Teles, servirá como um documento a partir do qual será possível rever as posturas adotadas e as formas de fazer para a concretização de direitos. "Foi percebido por todos os atores deste congresso que, no aspecto formal nós até avançamos, mas ainda falta materializar essas leis e para isso não pode haver um ‘furo sequer na rede", enfatizou a secretária.
A presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Adélia Pessoa, também organizadora geral do Congresso, falou que a Carta aos Gestores tem o propósito de sensibilizar os mais diversos agentes públicos. "Pretendemos redigir esta carta no sentido de um chamamento, de um apelo, de um envolvimento, de todos gestores públicos sejam do Legislativo, Executivo e Judiciário, de todos os níveis, União, Estado e Município, para que, com a participação indispensável da sociedade, possamos descobrir e implementar algumas políticas que minimizem este problema da violência contra mulher, contra criança, que não se resume a violência física e tem varias molduras. É um chamamento à ação para que todos se motivem e tenham a possibilidade de repensar as suas práticas e buscar a sua transformação, que parte de cada um de nós. O nosso interesse é que esta carta seja elaborada com o pensamento de todos que aqui estiveram e contribuíram para essa reflexão", concluiu.
