Após uma crise alérgica de intoxicação por caranguejo, o jovem Ruan Santos foi levado às pressas, com insuficiência respiratória para a Unidade de Saúde da Família (USF) Celso Daniel, no bairro Santa Maria, na noite desta quinta-feira, 14. O médico Breno Garcia e a auxiliar de enfermagem, Rosa Cristina Sandres, que estavam no local, fizerem o pronto atendimento. Imediatamente o adolescente foi levado ao balão de oxigênio e medicações foram administradas para estabilizá-lo.
A USF Celso Daniel é uma das 10 que funcionam em regime de horário estendido, das 17h às 20h, durante a semana. Segundo Breno Garcia, isso foi fundamental para o salvamento. “Nos deparamos com o adolescente em evolução inicial de um edema de glote (que é o fechamento da garganta) e fizemos todos o procedimentos para evitar que esse quadro clínico progredisse. Apesar de lidarmos normalmente com casos simples, casos mais graves, como este, acontecem e a presença da unidade aberta, em período noturno, e uma equipe que agiu rapidamente fez toda a diferença”, afirmou.
Para a auxiliar de enfermagem, Rosa Cristina Sandres, após o atendimento, ver o adolescente sair da unidade já andando e com a crise alérgica em processo de regressão foi gratificante. “É para isso que estamos inseridos na comunidade, acolher e cuidar da população que necessita de atendimento médico. Um caso como esse que atendemos nos dá a sensação de dever cumprido”, falou com alegria.
Depois do susto, Ruan Santos, 17, e sua mãe, Maristela dos Santos, estão tranquilos. “Só tenho posso agradecer pelo que fizeram com meu filho. Se não fosse o atendimento rápido, talvez estivéssemos velando o corpo dele hoje. Pude perceber a preocupação e o carinho de todos com meu filho”, pontuou. Já o garoto, em poucas palavras expressou o sentimento que tem agora. “Gratidão. Sou grato a todos da unidade”, afirmou emocionado.
A gerente da Unidade, Keith Sobral, destacou a mobilização da equipe. “É motivo de orgulho trabalhar com uma equipe tão parceira, tivemos o envolvimento de todos os profissionais da unidade, desde a administração dos medicamentos até a conversa para acalmar os familiares. O fato de estarmos em uma comunidade carente é um motivo a mais para a humanização do atendimento”, ressaltou.
